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Presidente do PT-DF fala da construção de frente com partido de esquerda para as eleições de 2022

O presidente do Partido dos Trabalhadores do Distrito Federal (PT-DF), Jaci Afonso, disse, em entrevista ao TaguaCei, que a situação política do país exige que o PT, tanto no DF quanto em âmbito nacional, faça aliança com partidos de esquerda para derrotar a política do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em 2022. Para Jaci Afonso, é momento de união entre os partidos de oposição para que o país construa soluções a fim de sair da crise socioeconômica agravada pela pandemia de covid-19.

“Vai exigir de nós a construção de uma frente de esquerda no Brasil e no DF. É preciso uma aliança com os partidos de centro-esquerda para derrotar o Ibaneis [o governador], no DF, e derrotar Bolsonaro, no Palácio do Planalto”, afirma Jaci.

Com a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, de tornar o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva elegível, o projeto do PT passou a ser a construção da candidatura de Lula para presidente. Além disso, o partido também luta no STF para que a Corte considere o ex-juiz Sérgio Moro como parcial, ou seja, que agiu a favor do Ministério Público e contra o ex-presidente, no processo que julgou sobre o Tríplex do Guarujá.

Ao comentar a decisão de Fachin, Jaci Afonso reconheceu a decisão do Supremo e destacou que abre uma “esperança para todo o povo brasileiro de fazer aquilo que era para ter sido feito em 2018, que era eleger Lula presidente, nós vamos fazer isso em 2022”.

O presidente do PT-DF também criticou a postura do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), diante a pandemia de covid-19. Para ele, a falta de investimento em educação e saúde pública, e a posição de acompanhar a postura adotada pelo governo federal – de quem o governador do DF é aliado – teria contribuído para atual situação, onde, segundo o Ministério da Saúde, mostra que há 328.902 pessoas infectadas, 303.951 recuperadas e 5.382 mortes.

“As coisas são muito graves no DF. Então nós estamos em um momento de 300 pessoas na fila para ser atendido em uma UTI. Tanto o Bolsonaro, mas especificamente o governador Ibaneis, não lutaram pela compra das vacinas. Porque a luta pela compra dessas vacinas deveria ter sido urgente”, lembrou Jaci Afonso.