Pesquisa da USP: maioria era de golpistas, com déficit cognitivo e identificados com extrema direita
Pesquisa realizada pela USP entre participantes da manifestação pró-Bolsonaro no último domingo, 25 de fevereiro, mostra um eleitor extremamente radicalizado e antidemocrático.
Para mais de 40% dos manifestantes, por exemplo, Bolsonaro deveria ter decretado uma espécie de golpe, seja decretando uma GLO (garantia da lei e da ordem) ou invocando o artigo 142.
Ou seja, são golpistas.
O mais preocupante, porém, é o grau de cognição e senso democrático dos manifestantes. Ainda segundo a pesquisa, 88% acham que Bolsonaro venceu as eleições em 2022, revelando o estrago terrível provocado pelas campanhas de desinformação patrocinadas pelo ex-presidente Bolsonaro e seu núcleo de golpistas.
Para 94%, o Brasil vive uma “ditadura”, mais um sinal preocupante do déficit cognitivo em que vivem os manifestantes.
A identificação ideológica dos manifestantes, por outro lado, não deixa dúvidas. Foi um grande encontro de radicais de extrema direita, visto que 92% dos participantes se identificam como direita, e 78% como “muito conservador”.
Análise
A pesquisa da USP, no entanto, também oferece um certo alívio aos democratas, pois ela mostra que o encontro, apesar de grande, representou apenas um grupo muito específico e minoritário da sociedade: pessoas mais velhas, brancas, de classe média alta, e extremamente radicalizadas politicamente.
Além disso, os problemas de cognição evidentes dos manifestantes, ao mesmo tempo em que os torna muito vulneráveis a campanhas de manipulação e fake news, revela a sua baixa capacidade de furar a bolha e convencer outras pessoas sobre suas ideias.
A íntegra da pesquisa pode ser baixada aqui.
Com informações do Diário do Centro do Mundo
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