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Decisão visa fortalecer a sustentabilidade e a autonomia da Base Industrial de Defesa

O Banco do Brasil anunciou a retomada da linha de financiamento para o setor de defesa nesta terça-feira (27) durante uma reunião realizada na segunda-feira (26), que contou com a presença dos ministros Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), Rui Costa (Casa Civil) e José Múcio Monteiro (Defesa), além da presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros. A decisão foi tomada um mês após o banco um mês após comunicar às empresas que não utilizaria mais capital próprio para auxiliar nas exportações.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) afirmou em um comunicado que o banco estatal continuará emitindo garantias interbancárias, utilizando recursos do Fundo de Garantia às Exportações (FGE). Essas garantias, que costumam envolver cerca de 30% do valor da exportação, têm o propósito de funcionar como um seguro. Caso ocorram problemas na chegada do material adquirido, o comprador pode acionar a garantia e ser ressarcido pelo pagamento antecipado. 

“A decisão evitará prejuízos a empresas do setor que corriam risco de perder contratos e contribuirá para a sustentabilidade e a autonomia da Base Industrial de Defesa”, afirmou o Mdic

Segundo a Folha de S. Paulo, integrantes do governo avaliavam que a suspensão da linha de financiamento contrariava o plano industrial anunciado por Alckmin. Do lado da Defesa, o principal risco era a sobrevivência de várias empresas do setor, que representam 4% do PIB brasileiro.

O presidente Lula sinalizou, desde a transição de governo em 2022, o interesse na retomada de investimentos na área de defesa para reequipar os meios militares e afastar os oficiais da política. Lula e Múcio envolveram o ex-presidente do BNDES, Luciano Coutinho, para criar um plano de recuperação das empresas de defesa, buscando parcerias com a Fiesp para impulsionar o setor.

“Apesar dos esforços, as Forças Armadas gastaram 85% de seu orçamento de 2023 com o pagamento de pessoal – e somente 5% das despesas foram destinadas a investimentos, valor que beira os R$ 6 bilhões. Com o baixo nível de investimento, empresas do setor de defesa precisam recorrer a exportações para garantir suas receitas”, destaca a reportagem.

Com informações do Brasil 247

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