Após ter sido alvo de uma busca e apreensão em sua residência o ex-governador da Bahia Jaques Wagner (PT) classificou a operação da Polícia Federal como ‘desnecessária’.
Indiciado, Wagner é acusado de receber propina por intermédio de contratos firmados do governo estadual e o Consórcio Arena Fonte Nova para a construção do estádio da Copa do Mundo. A Operação Cartão Vermelho investiga o superfaturamento na parceria público-privada (PPP) com a Fonte Nova Participações (FNP).
“Há pronunciamento do TCU dizendo que os preços são normais. Esse processo teve consulta pública, audiência pública e só depois foi feito o edital. Eu acho uma aberração se colocar que a exigência da demolição… um preço ridículo em relação ao preço do conjunto da obra, então eu espero que o processo de inquérito se encerre e que a gente tenha direito de se defender do TRF1”, afirmou, em coletiva de imprensa.
Pré-candidato ao Senado e citado como possível candidato à presidência no caso da impossibilidade de candidatura do ex-presidente Lula, Wagner falou do seu estranhamento do processo.
“Eu também estranho porque esse inquérito existe desde 2013, fui chamado para prestar testemunho em 2017, a própria delegada afirma que eu fui e colaborei e de repente vem um busca e apreensão, na minha opinião, absolutamente desnecessária. O que eu queria falar em relação aos fatos: eu estou com minha cabeça absolutamente tranquila, vou aguardar o final desse processo de inquérito, vamos ver o que a PF e o MPF dirão e eu vou me defender com muita tranquilidade, até porque todo esse processo da Fonte Nova foi feito sempre com a participação de consultorias internacionais”, acrescentou.
A PF chegou a pedir a prisão do petista, mas o Tribunal Regional Federal da 1º Região (TRF-1) negou o pedido.
Bahia 247
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