Negociações entre partidos buscam equilíbrio de poder na Câmara e no Senado. Lira e Pacheco articulam sucessões e distribuição de funções
247 – A eleição para os cargos de presidente da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, marcada para 1º de fevereiro, mobiliza partidos e lideranças em intensas negociações. A disputa, no entanto, vai além dos dois principais postos, envolvendo a distribuição de funções nas Mesas Diretoras e a presidência de comissões estratégicas. A informação é da CNN Brasil, que detalha os bastidores das articulações entre governistas, oposição e partidos de centro.
Na Câmara, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) surge como favorito para assumir a presidência, com o apoio do atual comandante da Casa, Arthur Lira (PP-AL), e da maioria dos partidos. A exceção fica por conta do Novo e do Psol, que lançou o deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) como candidato alternativo. Já no Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) é o nome mais cotado, com respaldo de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e de oito partidos, exceto PSDB e Novo.Play Video
A eleição dos novos líderes do Legislativo está diretamente ligada à divisão de cargos nas Mesas Diretoras e à indicação de relatores para pautas prioritárias. “A escolha dos ocupantes de cada cadeira da Mesa Diretora é feita de acordo com a proporcionalidade, dando preferência às maiores bancadas”, explica a reportagem. No entanto, o apoio aos candidatos à presidência também influencia a distribuição de funções, criando um jogo de interesses que envolve desde partidos minoritários até as maiores bancadas.
Câmara: negociações acirradas e funções estratégicas – Além da presidência, a Mesa Diretora da Câmara é composta por cargos que garantem influência e visibilidade política. A 1ª vice-presidência, por exemplo, deve ser ocupada pelo deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), enquanto a 1ª secretaria tem como um dos cotados o deputado Carlos Veras (PT-PE). Já as secretarias seguintes (2ª, 3ª e 4ª) estão em disputa acirrada entre PSD, MDB e União Brasil, que busca a 2ª vice-presidência.
O União Brasil, com 59 deputados, negocia apoio a Hugo Motta em troca de cargos estratégicos, como a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O PSD, por sua vez, busca garantir a relatoria do Orçamento de 2026 como condição para apoiar o candidato à presidência da Câmara. “Apesar da proporcionalidade, a escolha também é influenciada pelo apoio dos partidos aos candidatos à presidência das Casas”, destaca a matéria original.
Senado: Alcolumbre lidera e PL garante vice-presidência – No Senado, a disputa pela presidência tem Davi Alcolumbre como principal nome, com apoio de Rodrigo Pacheco e de oito partidos. O PL, que na última eleição lançou Rogério Marinho (RN) e ficou sem cargos na Mesa Diretora, desta vez garantiu apoio a Alcolumbre e deve ocupar a 1ª vice-presidência, com o senador Eduardo Gomes (PL-TO).
A 2ª vice-presidência deve ficar com Humberto Costa (PT-PE), enquanto a 4ª secretaria tem como cotado o senador Dr. Hiran (PP-RR). As demais secretarias e suplências seguem em negociação, com partidos buscando garantir representatividade e influência nas decisões do Senado.
Impacto nas comissões e no futuro do Legislativo – A eleição dos novos líderes do Congresso e a distribuição de cargos nas Mesas Diretoras terão impacto direto na condução de pautas prioritárias, como reformas tributárias, orçamentárias e políticas públicas. A relatoria de projetos estratégicos e a presidência de comissões como a CCJ e a de Orçamento são alvo de intensas negociações, refletindo o peso dessas funções no cenário político nacional.
Enquanto partidos fecham acordos e definem estratégias, a eleição de 1º de fevereiro promete redefinir o equilíbrio de poder no Congresso, com reflexos no governo federal e na agenda legislativa dos próximos anos.
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