Líder em todas as pesquisas de intenção de voto, o ex-presidente Lula (PT), com a experiência que adquiriu ao longo de dois mandatos exitosos, somado ao seu pragmatismo e ao cenário devastador do Brasil atual, deixou claro, em entrevista à mídia independente nesta quarta-feira (19), que sua campanha à presidência não terá romantismo ideológico. Seu foco é ganhar a eleição, livrar o Brasil de Bolsonaro e governar.
Essa necessidade defendida por Lula de dialogar com setores para além da esquerda explica a sinalização, cada vez mais evidente, de que pode ter Geraldo Alckmin, seu antigo adversário político, como candidato a vice em sua chapa. Este assunto, inclusive, permeou a maior parte da entrevista e foi, inclusive, citado na pergunta feita por este repórter da Fórum, que acompanhou a entrevista presencialmente.
Conversar para governar
O ex-presidente, como de praxe, fez duras críticas ao governo Bolsonaro e falou sobre inúmeros temas, de economia, passando por cultura até a pandemia do coronavírus. O “fator Alckmin”, entretanto, foi predominante e, além de dar sinais de que deve, sim, firmar uma aliança com o ex-governador, fez questão de citar outros nomes da direita e centro-direita, como Gilberto Kassab (PSD) e Paulinho da Força (Solidariedade).
“Ganhar eleições é mais fácil que governar. E governar significa que você precisa adquirir possibilidades muito grandes de conversar com as pessoas. Por isso que precisamos fazer alianças. Por isso precisamos construir parcerias. Estive com o governador Alckmin durante 4 anos na presidência, e eu não tenho nenhuma divergência da minha relação com Alckmin, nem com [José] Serra. Convivência extraordinária. Temos divergências, visões de mundo diferentes, temos. Mas isso não impede de, se for necessário, você construir a possibilidade das divergências serem colocadas em um canto e as convergências em outro canto pra poder governar”, disse Lula
Na sequência, cravou: “Eu não tenho nenhum problema em fazer uma chapa com o Alckmin pra ganhar as eleições e governar o país”.
Defesa do programa
O recado ficou mais que claro. Lula considera que o momento exige uma união de diferentes setores para não só derrotar Jair Bolsonaro, mas principalmente para reconstruir o país após esses 6 anos, considerando o marco do golpe contra Dilma Rousseff, de retrocessos no âmbito econômico, social, ambiental e político.
Não à toa, Lula repetiu frases neste sentido em inúmeros momentos da entrevista. Segundo o ex-presidente, independente de quem ser seu candidato a vice, ele não abrirá mão “de que a prioridade seja o povo brasileiro, o povo trabalhador, a classe média baixa, os desempregados”. “E eu espero que Alckmin esteja junto, seja vice ou não seja vice, porque parece que ele se definiu em fazer oposição ao Bolsonaro e também ao dorismo [em referência a João Doria] em São Paulo”, pontuou.
Ainda falando sobre a possibilidade de chegar a um acordo com Alckmin, Lula reforçou que as eleições serão ganhas com um programa, e que “esse programa vai ser aprovado pelas forças políticas que vão compor a minha aliança política“.
Pragmático, Lula afirmou que seu vice terá que ajudar a governar o país e, mais uma vez, afastou o romantismo ideológico de setores da esquerda que pedem uma chapa pura. “Esse país não tem mais espaço para brincadeira, para aventuras”, atestou.
Fonte: Portal Fórum
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