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No acordo, o miliciano deve entregar nomes de empresários, políticos e policiais que tenham envolvimento com a milícia

 Após se entregar na Superintendência da Polícia Federal do Rio de Janeiro, localizada na região portuária da cidade, o miliciano Zinho deve realizar uma delação premiada, apontam fontes ouvidas pela Folha de S.Paulo nesta segunda-feira (25).

De acordo com investigadores ouvidos pelo jornal, a expectativa é que ele faça uma delação premiada. No acordo, o miliciano deve entregar nomes de empresários, políticos e policiais que tenham envolvimento com a milícia.

Apontado como líder da maior milícia do estado, o Bonde do Zinho ou Milícia do CL, como é também conhecida, Luís Antônio da Silva Braga está preso na Penitenciária Laércio Costa da Silva Pelegrino, ou Bangu 1, de segurança máxima

Nas últimas semanas as autoridades policiais realizaram diversas operações com o intuito de prender Zinho, que tem 12 mandados de prisão em seu nome por crimes que vão desde homicídio a lavagem de dinheiro.

De acordo com o portal G1, há 1 semana a equipe de defesa legal de Zinho entrou em contato com a recém criada Secretaria Estadual de Segurança Pública para negociar a rendição do suspeito aos agentes da Polícia Federal.

Parte da operação de desmantelamento a organização de Zinho levou também ao afastamento de Lúcia Helena Pinto de Barros (PSD), Lucinha, de seu cargo como deputada estadual. Ela é apontada como o braço político de Zinho e teria usado sua influência para alertá-lo de operações e realizar troca de comandos em batalhões que combatiam sua quadrilha.

Ouvidos pela equipe de reportagem da Folha, policiais afirmaram que dentre os motivos que levaram Zinho a se entregar estão o cansaço da fuga constante e questões familiares.

O governo do estado do RJ tem trinta dias para solicitar a transferência de Zinho para outra unidade de segurança máxima para fora do estado. Se isso não ocorrer, ele será transferido para a Penitenciária Bandeira Stampa, dedicada exclusivamente para milicianos. Atualmente a unidade conta com 500 presidiários, alguns dos quais são suspeitos de integrarem a facção de Zinho.

Com informações do Brasil 247

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