O artefato explosivo estava junto a dois coletes balísticos. O caso é investigado pela Delegacia de Repressão à Corrupção da Polícia Civil (Decor/PCDF)
Artefato foi detonado cerca de 7 horas depois – (crédito: Material cedido ao Correio)
O artefato explosivo encontrado na DF-290 do Gama, nesse domingo (25/12), pesava cerca de 40kg. A bomba estava em uma área de mata junto a dois coletes balísticos e foi detonada pelas equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope). O caso é investigado pela Delegacia de Repressão à Corrupção da Polícia Civil (Decor/PCDF).
Os policiais do Bope foram acionados por volta das 15h30 desse domingo. Todo o processo de identificação, contenção e destruição da bomba levou mais de sete horas. Ainda não se sabe quem colocou a bomba no local e se o explosivo tem relação com o ato terrorista praticado nas imediações do Aeroporto Internacional de Brasília no sábado (24/12), deixado pelo empresário George Washington De Oliveira Sousa, 54 anos, preso no Complexo Penitenciário da Papuda.
Os coletes balísticos foram apreendidos e levados à 20ª Delegacia de Polícia (Gama) para o registro da ocorrência. O caso, no entanto, será transferido para o Decor.
Ato terrorista
Este foi o segundo chamado envolvendo artefatos explosivos em pouco mais de 24 horas. No sábado (24/12), as equipes do esquadrão de bombas desativaram um explosivo encontrado próximo ao Aeroporto de Brasília. O suspeito do atentado é o empresário George Washington que, segundo as autoridades policiais confessou o crime.
O explosivo foi colocado no eixo de um caminhão-tanque, abastecido com 63 mil litros de querosene de aviação (28 mil no primeiro compartimento, e 35 mil no segundo), estacionado na Estrada Parque Aeroporto (Epar), em frente à Concessionária V1.
O artefato seria explodido por meio de um dispositivo remoto. A perícia da Polícia Civil do DF (PCDF) identificou que houve tentativa de detonar a bomba. “Graças a Deus conseguimos interceptar. Não conseguiram explodir, mas a perícia nos relata que eles tentaram acionar o equipamento”, frisou o diretor-geral da PCDF, o delegado Robson Cândido.
Peritos acreditam que a quantidade de explosivos seria capaz de romper o compartimento do tanque, mas ainda não há confirmações concretas. No entanto, em caso de rompimento, resultaria na explosão ou em um incêndio de grandes proporções.
O empresário foi preso no apartamento dele, no Sudoeste. Lá, os investigadores da 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul) encontraram um arsenal, roupas camufladas, munições, espingardas e artefatos explosivos. “Ele estava em uma caminhonete, carro próprio, e trouxe os armamentos por lá. Mas as emulsões explosivas foram encaminhadas para ele posteriormente. Será investigado quem enviou, mas de antemão elas são oriundas de pedreiras e garimpos do Pará, mas iremos investigar essa conexão”, falou o diretor-geral da PCDF.