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Conforme a CNI, a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) subiu para 70%, maior patamar para o mês desde 2013, e resultado foi impulsionado pelo Minha Casa, Minha Vida, do governo federal

Construção civil. Casa em Brasília no bairro Lago Sul. Brasília (DF) 13.01.2020

Dados da CNI comprovam que o MCMV, além de promover a inclusão social, também aquece a economia

A Utilização da Capacidade Operacional (UCO) da indústria da construção subiu três pontos percentuais em outubro, chegando aos 70%, maior patamar para o mês desde 2013. É o que revela a Sondagem Indústria da Construção, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), nesta segunda-feira (25). O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), cuja meta é contratar 2 milhões de moradias até 2026, é apontado como principal alavanca do setor.

De acordo com a pesquisa, a UCO de outubro de 2024 ficou seis pontos percentuais acima da média histórica para o mês, que é de 64%. O indicador está acima do usual em todos os setores.

– Construção de edifícios: 64%. A média histórica é de 61%;

– Obras de infraestrutura: 68%. A média histórica é de 62%;

– Serviços especializados para a construção: 71%. A média histórica é de 66%.

“O setor está vivendo um momento importante, com crescimento significativo nas contratações e na compra de materiais ligados à construção, sobretudo com relação à construção de edifícios, que ganhou impulso com as mudanças realizadas no programa Minha Casa, Minha Vida, que acontecem desde o fim do ano passado”, avalia o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

Desempenho e emprego acima do comum

O índice de evolução do nível de atividade da indústria da construção ficou em 48,7 pontos. O resultado é um ponto acima da média histórica para outubro (47,7 pontos). Já o indicador que mede a evolução do emprego fechou o mês em 47,5 pontos, 1,2 ponto acima da média histórica. Isso mostra que os empresários percebem que o desempenho e o número de trabalhadores evoluíram de forma mais favorável.

Tanto para o nível de atividade quanto para o de número de empregados, os setores de obras de infraestrutura e de serviços especializados para a construção registraram indicadores acima da média histórica em outubro; ao contrário do segmento de construção de edifícios, cujo índice ficou abaixo.

Expectativas e intenção de investir surpreendem

Em novembro, todos os índices que medem a expectativa dos industriais da construção para os próximos seis meses diminuíram. O índice de expectativa de nível de atividade caiu de 54 pontos para 52 pontos; o de novos empreendimentos e serviços foi de 53,9 pontos para 51,7 pontos; o de compras de insumos e matérias-primas recuou de 52,8 pontos para 51,1 pontos; e o relativo ao número de empregados diminuiu de 53,5 pontos para 52 pontos.

Apesar da queda generalizada, todos os indicadores continuam acima da linha divisória de 50 pontos, o que significa que eles ainda têm expectativas positivas para o próximo semestre.

O índice de intenção de investimento da indústria da construção caiu 0,6 ponto em novembro; de 46,4 pontos para 45,8 pontos. Apesar disso, a queda reverteu parcela pequena do forte avanço registrado em outubro, de 2,5 pontos. Mesmo com o resultado negativo, o indicador está 8 pontos acima da média histórica.

Confiança recua em novembro

Na passagem de outubro para novembro, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da Construção diminuiu 0,7 ponto. O indicador marca 53,8 pontos, o que revela que os industriais do setor estão menos confiantes.

Segundo a CNI, a queda do ICEI da Construção, de modo geral, ocorreu devido a pior avaliação dos empresários quanto às condições atuais e futuras das empresas e da economia.

No recorte por segmento, o ICEI dos empresários de obras de infraestrutura aumentou 2,3 pontos em novembro, chegando aos 53,7 pontos. Já os indicadores que medem a confiança dos industriais de construção de edifícios e de serviços especializados para a construção caíram 0,7 ponto e 1,9 ponto, respectivamente.

Amostra

Para esta edição da Sondagem Indústria da Construção, a CNI consultou 332 empresas: 124 de pequeno porte; 143 de médio porte; e 65 de grande porte, entre os dias 1º e 12 de novembro de 2024.

Com informações do PT Org

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