Defensor foi associado a um evento de setembro que discutiu questões relacionadas à saúde da mulher, incluindo o aborto, o que gerou reações adversas por senadores da oposição
Luiz Inácio Lula da Silva e o Senado (Foto: ABR)
247 – Nesta quarta-feira (25), o Senado Federal rejeitou a indicação de Igor Roque para ocupar o cargo de defensor público-geral da Defensoria Pública da União (DPU), informa a coluna Radar da Revista Veja. A votação resultou em 38 votos contrários e 35 favoráveis à nomeação de Roque, que havia sido indicado ainda no primeiro semestre para o cargo. Para a aprovação, seriam necessários pelo menos 41 votos favoráveis no Senado.
O defensor havia sido o segundo nome mais votado em uma lista tríplice elaborada por votação entre os próprios defensores públicos e encaminhada ao Palácio do Planalto. Entretanto, a sua indicação enfrentou resistência por parte de senadores bolsonaristas.
De acordo com o portal g1, a controvérsia em torno da indicação de Roque teve como ponto de partida um evento promovido pela Defensoria Pública da União em setembro, que discutiu questões relacionadas à saúde da mulher, incluindo o tema do aborto. Essa associação do defensor com o evento e a discussão sobre o aborto resultou em uma campanha contrária à sua nomeaçãoo.
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) se manifestou publicamente no plenário do Senado, denunciando o evento da DPU e acusando a instituição de “incitação explícita ao crime e apologia ao aborto”. Além disso, ele anunciou a intenção de apresentar uma representação à Corregedoria Nacional da DPU. Girão argumentou que a promoção do aborto pela DPU ia contra o direito à vida, considerado uma cláusula pétrea e garantido pelo artigo 5º da Constituição.
Com informações do Brasil 247
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