youtube facebook instagram twitter

Conheça nossas redes sociais

O candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) durante entrevista após debate da Band. Foto: Reprodução

Os campeonatos de cortes promovidos por Pablo Marçal (PRTB), candidato à Prefeitura de São Paulo, foram criados para impulsionar seu nome por meio de perfis de outras pessoas e acabaram causando o bloqueio de sua conta no Instagram. As competições surgiram em dezembro do ano passado e já renderam até 650 milhões de visualizações em uma só edição.

Os vídeos curtos costumam mostrar declarações polêmicas ou impactantes de entrevistas e palestras de Marçal. O ex-coach oferece prêmios de até R$ 10 mil para quem conseguir o maior engajamento mensal ou diário com os cortes.

PUBLICIDADE

Funcionário de Marçal cita meta de um bilhão de visualizações em campeonato de cortes. Foto: Reprodução/Discord

Documentos obtidos pelo jornal O Globo mostram que ele fez pagamentos de prêmios em junho, durante a pré-campanha, o que é proibido pela legislação eleitoral. Uma dessas transferências foi feita ao influenciador Franciel Sousa, dono das páginas Códigos Million e Agncy Digital, que recebeu R$ 4 mil da empresa Marçal Lançamento Digital Ltda.

As competições são feitas por meio do aplicado Discord e uma delas, promovida no ano passado, teve uma premiação total de R$ 70,2 mil. Segundo os organizadores da disputa, a hashtag usada pelos criadores de cortes chegaram a 658 milhões de visualizações em 3,4 mil perfis diferentes no Instagram, YouTube e TikTok.

Um estudo promovido pelo Monitor do Debate Político no Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP), aponta que o ex-coach teria que gastar um valor 175 vezes superior ao que paga em premiações para atingir um patamar de visualizações semelhante com mecanismos lícitos.

Grupo no Discord mostra orientações para uso de hashtags em competição de cortes. Foto: Reprodução

Apenas a Meta, dona do Facebook e do Instagram, permite o impulsionamento de publicações, que ficam registradas para que a Justiça Federal possa fiscalizar. Pablo Ortellado, pesquisador da USP, aponta que Marçal “usa um procedimento clandestino e tem uma vantagem indevida” com os cortes.

“Cada real colocado nos campeonatos rende centenas de vezes mais do que o mecanismo legal. Ele põe cerca de cinco mil pessoas para trabalhar, com uma perspectiva de remuneração, mas só premia os dez primeiros. E o grosso das visualizações é atingido pela soma desses outros milhares de perfis”, aponta.

Com informações do Diário do Centro do Mundo

Quer ficar por dentro do que acontece em Taguatinga, Ceilândia e região? Siga o perfil do TaguaCei no Instagram, no Facebook, no Youtube, no Twitter, e no Tik Tok.

Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre Ceilândia, Taguatinga, Sol Nascente/Pôr do Sol e região por meio dos nossos números de WhatsApp: (61) 9 9916-4008 / (61) 9 9825-6604.

  • Estadão volta a atacar Moraes e pede que ele se afaste do inquérito do golpe

    Estadão volta a atacar Moraes e pede que ele se afaste do inquérito do golpe

    Em editorial publicado nesta segunda-feira (25), o Estadão voltou a criticar a atuação do ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF), afirmando que ele “marca e cobra o pênalti”. Desta vez, o jornal pediu que o magistrado se declare impedido de relatar o inquérito que investiga a elaboração de um plano golpista após as eleições…


  • Contra as bets: pesquisa revela que maioria da população é contrária às apostas online e suas propagandas

    Contra as bets: pesquisa revela que maioria da população é contrária às apostas online e suas propagandas

    Daniel Lamir A maioria da população brasileira (65%) é contrária à liberação das apostas online, conhecidas como bets. Também há rejeição às propagandas que divulgam esse tipo de jogo: 71% dos brasileiros acham que os anúncios deveriam ser proibidos. Os dados fazem parte de pesquisa do instituto Datafolha, divulgada neste sábado (23). O levantamento considera…


  • “Estado contribui para organização criminosa”, diz desembargadora em caso de morte em aeroporto

    “Estado contribui para organização criminosa”, diz desembargadora em caso de morte em aeroporto

    O assassinato do empresário e corretor de imóveis Vinícius Gritzbach, alvejado com dez tiros de fuzil no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, no último dia 8, evidenciou a conexão entre o crime organizado e agentes do Estado. Para a desembargadora Ivana David, do Tribunal de Justiça de São Paulo, a sobrevivência de facções…


Os comentários estão desativados.