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Senador também criticou a prisão de Mauro Cid e minimizou a tentativa de golpe em 8 de janeiro

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão 23/05/2022
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão 23/05/2022 (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Mourão diz que reunião do golpe foi “blá-blá-blá” e afirma que orientou Bolsonaro a reconhecer a derrota ·

Em uma entrevista ao jornalista Lauriberto Pompeu, do Globo, o ex-vice-presidente e atual senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) expressou ceticismo em relação à delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro (PL), e minimizou a suposta reunião golpista entre Bolsonaro e chefes das Forças Armadas, que veio à tona por meio do relato de Cid à Polícia Federal (PF).

O senador Mourão não enxerga gravidade na reunião em questão, na qual, segundo Mauro Cid, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier teria apoiado um plano golpista. Embora reconheça méritos nas tratativas entre o ministro da Defesa, Múcio Monteiro, e os militares, Mourão critica o titular da Justiça, Flávio Dino, por seu comportamento em relação à investigação da PF, afirmando que ele “fala demais.”

Quando questionado sobre a delação de Mauro Cid, que indica a suposta participação de Garnier em um plano de golpe, Mourão se esquivou, afirmando que estava fora do Exército na época e que, de acordo com sua interpretação, não deve dar opiniões sobre assuntos da ativa.

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Sobre a possibilidade de punição dos militares envolvidos na suposta trama golpista, Mourão argumentou que uma tentativa de golpe é diferente de um homicídio e não merece punição das Forças Armadas. Ele comparou a situação à história do Brasil, mencionando eventos passados em que houve tentativas de golpes. Segundo ele, a conversa da reunião foi mero “blá-blá-blá”.

Ao ser indagado sobre o episódio do “8 de Janeiro”, Mourão enfatizou que as Forças Armadas não tiveram culpa naquela data e que um grupo de manifestantes insatisfeitos realizou uma “baderna” que não resultou em mudanças significativas no país. Ele também explicou que Bolsonaro não reconheceu o resultado das eleições presidenciais devido à sua frustração pessoal, mas enfatizou que o orientou a reconhecer a derrota.

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Quanto à responsabilidade de Bolsonaro no “8 de Janeiro”, Mourão acredita que o presidente não teve culpa, pois a movimentação já estava em andamento por grupos de seus apoiadores insatisfeitos com o processo eleitoral.

Quando questionado sobre a possibilidade de Bolsonaro ser punido por algum crime, Mourão descartou essa possibilidade, a menos que existam evidências de que ele tenha incentivado ou financiado a ação.

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Sobre a prisão de Mauro Cid, Mourão considerou que prender alguém por falsificar um cartão de vacina não é justificável e comparou essa situação aos eventos da operação Lava Jato, criticando a atuação da esquerda em relação à justiça.

Mourão também avaliou a relação do governo Lula com os militares, destacando que as Forças Armadas são compostas por muitos elementos e que a ação de um ou outro elemento não caracteriza a atitude de toda a caserna. Ele elogiou o ministro da Defesa, Múcio Monteiro, mas criticou o ministro da Justiça, Flávio Dino, por seu envolvimento em questões da Polícia Federal e investigações envolvendo militares.

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