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Proposta da presidência brasileira no G20 tem força também entre os países do grupo, onde o percentual de apoio é de 70%

Para o governo Lula, a taxação das grandes fortunas é fundamental para reduzir as desigualdades

No Brasil, 70% da população defende que os super-ricos paguem mais impostos como forma de financiar mudanças significativas na economia e no estilo de vida, segundo pesquisa divulgada na segunda-feira (24) pelo Instituto Ipsos sob encomenda das organizações Earth4All e Global Commons Aliance.

A tributação maior dos super-ricos é uma das principais bandeiras da presidência do Brasil no G20, que reúne 19 das maiores economias do mundo mais a União Europeia e a União Africana. Nesse grupo, o apoio à proposta é também de 70%, conforme o mesmo estudo.

A presidenta Nacional do PT, Gleisi Hoffmann, se manifestou sobre a pesquisa. “A desigualdade no mundo é assunto urgente e grave, e a população brasileira está cada vez mais consciente de que taxar os super-ricos é um dos passos para mitigar esse mal”, escreveu Gleisi, em suas redes sociais.

De acordo com a petista, penalizar apenas a classe média e os mais pobres com o pagamento de impostos é injusto, ao mesmo tempo em que a fome e a desigualdade estão presentes na sociedade em pleno século XXI. “Não há mais espaço para ignorar essa pauta”, ressaltou.

Durante a pesquisa, os entrevistados foram perguntados também se os mais ricos deveriam pagar um imposto mais elevado sobre sua própria riqueza, com o mesmo objetivo de promover mudanças expressivas na economia e no estilo de vida. No Brasil, o apoio é de 69%. Na média do G20, 68%.

O levantamento é divulgado no momento em que o G20 se prepara para realizar, em julho, sua primeira reunião de ministros de Finanças. A cúpula dos chefes de estado do grupo será realizada em novembro, no Rio de Janeiro. Para o governo Lula, a taxação das grandes fortunas é fundamental para a redução das desigualdades no mundo.

“Os resultados do nosso relatório fornecem uma mensagem clara para todos os países do G20: uma maior igualdade construirá democracias mais fortes para impulsionar uma transformação justa para um planeta mais estável”, diz Owen Gaffney, co-líder da iniciativa Earth4All.

A pesquisa mostra também que, nos países do G20, em média, é de 69% o apoio popular a uma maior taxação das grandes empresas , com os mesmos objetivos de melhorar a economia e o estilo de vida – percentual igual ao do Brasil.

Mudança climática

Uma outra bandeira da presidência brasileira no G20, o combate às mudanças climáticas, também conta com grande apoio, conforme a pesquisa. Na média dos países do grupo, 71% dos entrevistados disseram que o mundo deve adotar medidas importantes para reduzir as emissões de carbono de forma imediata, ao longo da próxima década. No Brasil, o índice é de 81%.

Com informações do PT Org

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