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Ex-presidenciável diz que “o destino de todos os políticos é o ocaso” e que está buscando “outros modos prazerosos” para exercitar sua vocação política

O ex-ministro Ciro Gomes reconheceu o seu isolamento político e afirmou ter feito um “detox” com o objetivo de buscar “outros modos prazerosos de exercitar minha vocação”. “Fiz um detox. Estou tentando ver se encontro outros modos prazerosos de exercitar minha vocação. Não quero mais depender da aprovação ou da crítica sebosa de eleitor”, disse Ciro em entrevista ao jornal O Globo.

Apesar da afirmação, ele diz que não pretende se afastar da política. “Não pretendo abandonar o fazer política. Estou escrevendo um livro, tenho me reencontrado prazerosamente com o Tasso Jereissati. Houve essa conversa de uma federação com o PSDB. Lupi [ministro da Previdência Social, Carlos Lupi] acha que é necessário aprofundar um debate programático. Eu também acho.

Ainda segundo Ciro, o resultado da última eleição presidencial, onde teve apenas 3% dos votos, o chocou de forma profunda. “Os 3% foram a consumação desse processo. Nas outras eleições, tive 11%, 12%. Essa gente toda sucumbiu a uma onda fascista. Eu sabia que Lula não tinha a menor condição de entregar a tal esperança mistificadora que resumiu todo o drama para essa classe escolarizada de artistas e intelectuais. Como se o problema fosse nos livrarmos do Bolsonaro no primeiro turno, o que seria impossível. Bolsonaro não era um produto marciano, e sim do encontro trágico da pior crise econômica da história com o maior escândalo de corrupção (o petrolão) já visto”, avaliou.

Questionado se achava que a política brasileira teria virado “uma batalha quixotesca”, Ciro foi enfático. “Virou. Portanto, tenho que mudar de linguagem. Tenho clareza disso. É a minha grande frustração. Nunca tive a ilusão de que esse conjunto de ideias pudesse ser popular. Mas não quero mais submetê-las a essa coisa eleitoral. Sou isolado? Sou. Imagina quantos isolamentos sofreu Getúlio Vargas. Brizola também morreu completamente isolado”, destacou.

Ainda segundo Ciro, o resultado da última eleição presidencial, onde teve apenas 3% dos votos, o chocou de forma profunda. “Os 3% foram a consumação desse processo. Nas outras eleições, tive 11%, 12%. Essa gente toda sucumbiu a uma onda fascista. Eu sabia que Lula não tinha a menor condição de entregar a tal esperança mistificadora que resumiu todo o drama para essa classe escolarizada de artistas e intelectuais. Como se o problema fosse nos livrarmos do Bolsonaro no primeiro turno, o que seria impossível. Bolsonaro não era um produto marciano, e sim do encontro trágico da pior crise econômica da história com o maior escândalo de corrupção (o petrolão) já visto”, avaliou.

Questionado se achava que a política brasileira teria virado “uma batalha quixotesca”, Ciro foi enfático. “Virou. Portanto, tenho que mudar de linguagem. Tenho clareza disso. É a minha grande frustração. Nunca tive a ilusão de que esse conjunto de ideias pudesse ser popular. Mas não quero mais submetê-las a essa coisa eleitoral. Sou isolado? Sou. Imagina quantos isolamentos sofreu Getúlio Vargas. Brizola também morreu completamente isolado”, destacou.

Com informações do Brasil 247

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