Ministro da Saúde recebe do Senado críticas sobre as constantes mudanças nos prazos de vacinação e limitação da campanha de imunização por falta de doses
Ministério da Saúde havia autorizado estados e municípios a utilizar todo o estoque de vacina para aplicação da primeira dose. Imunização desse grupo agora fica em risco
Pressionado por senadores, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confessou nesta segunda-feira (26) a possibilidade de atraso no fornecimento da segunda dose da Coronavac – a vacina do laboratório Sinovac produzida no Brasil pelo Instituto Butantan.
Segundo Queiroga, poderá haver “dificuldade” com relação à complementação da imunização contra a covid-19 devido a um atraso na entrega do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) por parte da China. O que deve atrasar o cronograma de vacinação.
O atraso foi confirmado à Comissão Temporária da Covid-19 no Senado, que debateu o cumprimento dos prazos previstos no Plano Nacional de Imunização (PNI).
Em resposta, Queiroga declarou que emitirá uma nota técnica para esclarecer a situação do fornecimento e alegou que o governo tem feito reuniões semanais para “tentar antecipar o recebimento das doses”.
Há pouco mais de um mês, no dia 21 de março, no entanto, o Ministério da Saúde autorizou que todo o estoque de 5 milhões de vacinas fosse utilizado pelos estados e municípios para a aplicação da primeira dose. Até então, a recomendação era que se reservasse metade dos imunizantes para garantir a aplicação da segunda dose. Desse total, a maioria delas, quase 4 milhões, eram da Coronavac, o que coloca em xeque o avanço da vacinação no Brasil até que o estoque seja reposto.
Atrasos e ritmo lento
A falta de doses já problema em municípios de Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, São Paulo, Amapá e Paraíba, segundo levantamento publicado no portal G1.
Com isso, o Brasil fica ainda mais atrasado no processo de imunização enquanto os números de casos e mortes pela covid-19 continuam em nível alto. O país deve ultrapassar nesta semana a trágica marca de 400 mil mortos.
Aos senadores, Queiroga argumentou que apesar das constantes mudanças nos prazos de entrega das vacinas, o governo federal “em nenhum momento” reduziu as metas iniciais.
Segundo o ministro, a pasta apenas retirou do cronograma as vacinas que não foram aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Entre elas, a Covaxin, produzida pela Índia. “Entendemos que o calendário deveria ter como base o que já está aprovado pela instância regulatória.
Havia 20 milhões de unidades da Covaxin e retiramos. Se ela for autorizada, colocaremos de novo. Não podemos flexibilizar o marco regulatório da Anvisa”, afirmou.
O ministro ainda reclamou da cobertura da imprensa sobre a falta de disponibilidade de vacina à população. “Pessoas ficam na mídia criticando o tempo inteiro nosso programa de vacinação e já somos o quinto que mais distribui imunizantes”, afirmou. “Não há que se comparar com Chile ou Israel, pois o Brasil é um país de dimensões continentais e com grande dificuldade logística. Já temos, por exemplo, 56% da população indígena vacinada”, completou Queiroga.
Falta do kit intubação
Senadores da comissão, porém, lembraram que o atual ritmo de vacinação vem colocando o Brasil para trás. Em termos proporcionais, o Brasil é o 54º país na lista dos mais vacinados, como indica o portal Our World in Data, ligado à Universidade de Oxford. “O que falta é vacina mesmo. Não tem essa questão de estratégia e logística não. Essa história de que é o quinto que mais vacina, nós somos também um dos países com maior número de mortes”, criticou a senadora Zenaide Maia (Pros-RN) sobre a justificativa do ministro.
Queiroga também tentou se defender das críticas sobre a falta do kit intubação e de oxigênio nos hospitais. Conforme reportou a RBA, há mais de um mês recebendo alertas dos estados, o governo federal não conseguiu cumprir o planejamento de compra. Até a metade de abril, apenas 17% do total de remédios estimados para seis meses foram adquiridos.
O ministro voltou a afirmar que fará um pregão nacional e internacional, o que vem dizendo desde as primeiras denúncias de desabastecimento. Na audiência, ele acrescentou que “em um curto prazo nós vamos anunciar também uma remessa desses insumos vindos dos Estados Unidos”. A previsão do governo é que o país receba 1,5 milhão de kits na próxima semana.
Tribunal de Contas de olho
A Comissão Temporária da Covid-19 deve se reunir na sexta-feira (30) em virtude da abertura da CPI da Covid no Senado. Os senadores irão ouvir o governo federal sobre os gastos no combate à pandemia e para a vacinação e a compra de equipamentos e insumos. A audiência levará em conta o relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) que recentemente acusou o governo Bolsonaro de omissão, de abuso de poder e ineficácia na gestão da pandemia.
O tribunal também afirma que a meta de vacinação no país está em risco devido à falta de doses e de um cronograma de vacinação pelo Ministério da Saúde.
Com informações do UOL e da Agência Senado
comissão temporária da covid-19, coronavac, Kit intubação, marcelo queiroga, ministério da saude, senado, vacina contra a covid-19, vacinação
DESCONTROLE Com falta de oxigênio e em colapso, Índia registra seu pior momento da pandemia
EM ALERTA Número de mortes pela covid se mantém em nível alto e caminha para chegar a 400 mil
Conselho de Enfermagem apura 51 denúncias de fraude em vacinação contra a covid-19
PARA TODOS Aumenta pressão pela suspensão de patentes das vacinas contra covid-19
TRAGÉDIAS HUMANITÁRIAS Mortes pela covid-19 no Brasil superam em um ano as de 10 anos de guerra na Síria
DEMAGOGIA PARLAMENTAR Educação não recebe condições para ensino e aprendizagem, mas vira ‘serviço essencial’ na pandemia
TIRO NO PÉ
Taxação de livros vai prejudicar o MEC, maior comprador no país
TRABALHO Chico César, Elza, Jeneci, Johnny Hooker, Odair José e Teresa Cristina cantam no 1º de Maio
PEGA NA MENTIRA Regina Duarte é condenada por mentir sobre Marisa Letícia, ex-mulher de Lula
SABATINA NO SENADO Queiroga admite ‘dificuldade no fornecimento’, e segunda dose da Coronavac pode atrasar
PATRIMÔNIO SOCIAL Bancários param nesta terça contra abertura de capital da Caixa Seguridade
PARADOS Sem acordo, metalúrgicos retomam greve na LG de Taubaté
MISSIONÁRIO Morre dom André de Witte, presidente da Comissão Pastoral da Terra
CASA DE VIDRO Grampos reafirmam ‘proximidade’ de Bolsonaro com a milícia, diz especialista
DESCONTROLE Com falta de oxigênio e em colapso, Índia registra seu pior momento da pandemia
leia mais
Há pouco mais de um mês, no dia 21 de março, no entanto, o Ministério da Saúde autorizou que todo o estoque de 5 milhões de vacinas fosse utilizado pelos estados e municípios para a aplicação da primeira dose. Até então, a recomendação era que se reservasse metade dos imunizantes para garantir a aplicação da segunda dose. Desse total, a maioria delas, quase 4 milhões, eram da Coronavac, o que coloca em xeque o avanço da vacinação no Brasil até que o estoque seja reposto.
Atrasos e ritmo lento
A falta de doses já problema em municípios de Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, São Paulo, Amapá e Paraíba, segundo levantamento publicado no portal G1. Com isso, o Brasil fica ainda mais atrasado no processo de imunização enquanto os números de casos e mortes pela covid-19 continuam em nível alto. O país deve ultrapassar nesta semana a trágica marca de 400 mil mortos.
Aos senadores, Queiroga argumentou que apesar das constantes mudanças nos prazos de entrega das vacinas, o governo federal “em nenhum momento” reduziu as metas iniciais. Segundo o ministro, a pasta apenas retirou do cronograma as vacinas que não foram aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Entre elas, a Covaxin, produzida pela Índia. “Entendemos que o calendário deveria ter como base o que já está aprovado pela instância regulatória. Havia 20 milhões de unidades da Covaxin e retiramos. Se ela for autorizada, colocaremos de novo. Não podemos flexibilizar o marco regulatório da Anvisa”, afirmou.
O ministro ainda reclamou da cobertura da imprensa sobre a falta de disponibilidade de vacina à população. “Pessoas ficam na mídia criticando o tempo inteiro nosso programa de vacinação e já somos o quinto que mais distribui imunizantes”, afirmou. “Não há que se comparar com Chile ou Israel, pois o Brasil é um país de dimensões continentais e com grande dificuldade logística. Já temos, por exemplo, 56% da população indígena vacinada”, completou Queiroga.
Falta do kit intubação
Senadores da comissão, porém, lembraram que o atual ritmo de vacinação vem colocando o Brasil para trás. Em termos proporcionais, o Brasil é o 54º país na lista dos mais vacinados, como indica o portal Our World in Data, ligado à Universidade de Oxford. “O que falta é vacina mesmo. Não tem essa questão de estratégia e logística não. Essa história de que é o quinto que mais vacina, nós somos também um dos países com maior número de mortes”, criticou a senadora Zenaide Maia (Pros-RN) sobre a justificativa do ministro.
Queiroga também tentou se defender das críticas sobre a falta do kit intubação e de oxigênio nos hospitais. Conforme reportou a RBA, há mais de um mês recebendo alertas dos estados, o governo federal não conseguiu cumprir o planejamento de compra. Até a metade de abril, apenas 17% do total de remédios estimados para seis meses foram adquiridos.
O ministro voltou a afirmar que fará um pregão nacional e internacional, o que vem dizendo desde as primeiras denúncias de desabastecimento. Na audiência, ele acrescentou que “em um curto prazo nós vamos anunciar também uma remessa desses insumos vindos dos Estados Unidos”. A previsão do governo é que o país receba 1,5 milhão de kits na próxima semana.
Tribunal de Contas de olho
A Comissão Temporária da Covid-19 deve se reunir na sexta-feira (30) em virtude da abertura da CPI da Covid no Senado. Os senadores irão ouvir o governo federal sobre os gastos no combate à pandemia e para a vacinação e a compra de equipamentos e insumos. A audiência levará em conta o relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) que recentemente acusou o governo Bolsonaro de omissão, de abuso de poder e ineficácia na gestão da pandemia.
O tribunal também afirma que a meta de vacinação no país está em risco devido à falta de doses e de um cronograma de vacinação pelo Ministério da Saúde.
Com informações do UOL e da Agência Senado
Por favor inscreva-se em meu canal youtube e compartilhe o vídeo, o Twitter e o blog e, deixe um comentário.
Site: https://www.ceilandiaemalerta.com.br/
Site: https://jornaltaguacei.com.br/
Facebook: https://https://www.ceilandiaemalerta.com.br/
Facebook: https://www.facebook.com/jtaguacei/
Facebook: www.facebook.com/jeova.rodriguesneves
Twiter: https://twitter.com/JTaguacei
Instagram: www.instagram.com/ceilandiaemalerta @ceilandiaemalerta
vídeos.https://www.youtube.com/channel/UCPu41zNOD5kPcExtbY8nIgg?view_as=subscriber