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O 1º de maio desse ano tem todos os ingredientes políticos para permitir a realização de grandes atos populares de norte a sul do país.

Bolsonaro, nos seus quatro meses de governo, já é o presidente mais odiado na história recente do país, mas, muito provavelmente, de todo o período republicano brasileiro. A maior festa popular do Brasil, o carnaval, já havia deixado escancarada o profundo repúdio popular ao presidente eleito pela fraude e pelo golpe.

Em seguida, diversas outras manifestações reafirmaram o sentimento popular e escancararam a profunda relação entre o repúdio ao governo Bolsonaro e o apoio à liberdade de Lula. Essa percepção aponta a compreensão por parte de um expressiva parte da população o significado do golpe de Estado que derrubou a presidenta Dilma e que se aprofundou com a campanha de calúnias, perseguição política, prisão e o impedimento de que Lula participasse das eleições, justamente por ser o ex-presidente a expressão popular de repúdio ao golpe.

Um outro aspecto fundamental da situação política diz respeito a crise interna do governo do fascista Bolsonaro. Em que pese a ofensiva reacionária em diversas frentes, como nas privatizações, no corte de direitos e verbas sociais, na escalada repressiva, entre outros pontos, no geral, as diversas alas da direita e da extrema-direita que compõem o governo não conseguem chegar a um acordo com relação ao controle do Estado, a profunda crise que se abate sobre a economia nacional e internacional e a falta de perspectiva com relação a uma saída minimamente viável que dê conta da crescente onda de desemprego e estagnação que assolam o País.

É justamente esse impasse que está colocando por água abaixo, pelo menos de um ponto de vista da sua profundidade, a reforma da Previdência.

A crise do governo aliada a crise econômica e ao crescente descontentamento popular aumentam profundamente a polarização política, o que abre uma perspectiva enorme de uma intervenção independente dos trabalhadores da cidade e do campo na situação política.

O impasse para uma evolução positiva do ponto de vista dos interesses dos trabalhadores reside justamente na política das direções do movimento e o que ocorre, até o momento, com relação aos atos do 1º de maio, expressão bem isso.

Por conta da aliança com as “centrais sindicais”, entre elas a Foça Sindical e a Conlutas, a CUT e o PT sequer definiram até o momento a realização de um ato operário e popular em Curitiba, onde está encarcerado há mais de u ano, o principal líder popular do país. Lula não é mais um elemento na luta contra Bolsonaro, Lula é o líder popular  que tem a capacidade de unificar amplos setores dos explorados e de suas organizações em torno da luta para colocar abaixo o regime golpista e seus ataques contra os trabalhadores. Portanto, na capital paranaense deve ser realizado um dos atos mais importantes do País.

A luta contra Bolsonaro, contra a reforma da Previdência, contra a destruição do Brasil está umbilicalmente ligada a luta pela liberdade de Lula.

Nesse sentido, é preciso que todas as organizações de luta dos trabalhadores se somem em torno da realização de um grande ato de 1º de Maio em Curitiba, em frente à sede da PF, pela liberdade de Lula e por Fora Bolsonaro, convocando companheiros de todo o Estado e de outras regiões a se somarem a essa empreitada.

Por um 1º de maio com Lula!

Todos à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba pela liberdade de Lula!

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