Ao endurecer normas para evitar fraudes, Trump elogiou sistema biométrico brasileiro, contrariando críticas de bolsonaristas às urnas eletrônicas

Em um movimento que surpreendeu aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, Donald Trump assinou nesta terça-feira (25) um decreto que reforça as regras eleitorais nos EUA e menciona o Brasil como referência positiva em segurança, destaca o G1. A medida, que exige comprovação de cidadania para votar e amplia a fiscalização, destaca o sistema biométrico brasileiro como exemplo a ser seguido – justamente um modelo questionado por bolsonaristas nas últimas eleições.Play Video
“A Índia e o Brasil, por exemplo, estão vinculando a identificação do eleitor a um banco de dados biométrico, enquanto os Estados Unidos dependem amplamente da autodeclaração de cidadania”, afirma o texto do decreto, divulgado pela Casa Branca. A declaração contrasta com as críticas frequentes de seguidores de Bolsonaro, que desacreditaram as urnas eletrônicas e defenderam o voto impresso no Brasil.
A nova regra americana visa impedir que estrangeiros participem das eleições, exigindo que os estados tenham acesso a bancos de dados federais para verificação – inspirado, segundo o documento, no modelo brasileiro. Além disso, o decreto condiciona repasses de verbas federais à adoção desses controles e proíbe a contagem de votos recebidos após o Dia da Eleição.
“Diversos estados não cumprem essas leis, contando cédulas recebidas após o Dia da Eleição. Isso é como permitir que pessoas que chegam três dias depois, talvez quando um vencedor já foi declarado, votem pessoalmente em um local de votação antigo, o que seria absurdo”, argumenta o texto.
A medida reforça mecanismos já existentes, mas que, segundo Trump, não eram devidamente fiscalizados. O elogio ao sistema eleitoral brasileiro, no entanto, gera ironia no cenário político nacional, já que o ex-presidente Bolsonaro e seus apoiadores frequentemente atacaram a confiabilidade das urnas eletrônicas – mesmo sem apresentar provas de fraudes. Até o momento, nem o governo brasileiro nem aliados de Bolsonaro se pronunciaram sobre a contradição.
Com informações do Brasil 247
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