Em encontro com Setorial Inter-religioso e Núcleo Evangélico, presidente do PT, Humberto Costa, reforça compromisso com diálogo e formação política que valoriza espiritualidade e inclusão

A reunião do presidente do PT e o Setorial Inter-religioso, ocorrida na segunda (14)

presidente do PT, senador Humberto Costa (PE), se reuniu na noite desta segunda-feira (24) com membros do Setorial Nacional Inter-religioso e do Núcleo Evangélico do partido (NEPT) para avançar na aproximação com o eleitorado evangélico e na formação política focada nas questões religiosas.

“Quero estar ao lado do Setorial Inter-religioso e do Núcleo de Evangélicos para construir esse processo de, cada vez mais, nos aproximarmos e para que o partido tenha um processo de formação política voltado para o entendimento das questões religiosas. Precisamos aprofundar essa relação do PT com aqueles que organizam, nas suas bases comunitárias, uma relação com a população. Vocês têm uma enorme bagagem que pode contribuir muito com o Diretório Nacional”, ressaltou Costa.

Durante a reunião, o coordenador nacional do Setorial Inter-religioso do PT, Gutierres Barbosa, fez um relato das ações que vem sendo desenvolvidas pelo Setorial e pelo NEPT “de uma forma propositiva para a presidência, para que esse canal de diálogo entre o setorial e o NEPT seja constante com o Diretório Nacional, a presidência, canais de comunicação do PT, com a Fundação Perseu Abramo, e cada vez mais a gente possa estabelecer um diálogo com os segmentos religiosos da nossa sociedade”, destacou.

“É preciso estabelecer um canal de diálogo mais fino, no sentido da formação política, nos processos de comunicação que precisam ser aprimorados”, assinalou.

Guiterres defendeu que o partido faça uma busca ativa para identificar as religiões dos filiados e parlamentares no âmbito federal, estadual e municipal.

“É preciso que essa afinidade e esse canal de diálogo sejam cada vez mais sintonizados”, sublinhou.

Integrante da coordenação executiva nacional do NEPT, Neivia Lima avaliou a reunião como muito positiva e parabenizou o presidente do partido pela iniciativa. “Ela demonstra e reafirma que nosso partido é plural e considera a espiritualidade das trabalhadoras e trabalhadores como uma dimensão importante na construção política do nosso país”, ratificou.

Fascismo não tem hegemonia entre evangélicos

Diante do crescimento da direita dentro das igrejas evangélicas, Gutierres avaliou que o conservadorismo e o fascismo não são hegemônicos. “É preciso desmistificar isso. É evidente que alguns líderes religiosos que tem mais projeção nacional acabaram adentrando nessa pauta com mais profundidade. Mas na base das igrejas evangélicas, no conjunto de igrejas evangélicas, igrejas menores que estão nos rincões, nas periferias, elas não compactuam com políticas, por exemplo, de armas de fogo e contra as vacinas”, salientou, ao lembrar que, nas eleições de 2018, 30% dos evangélicos votaram em Fernando Haddad para presidente.

“Temos muito ainda o que dialogar com o segmento evangélico”, disse ele, ao apontar que 30% têm uma relação profunda com o partido, outros 30% têm uma relação direta com o posicionamento mais conservador, “mas tem 30% ou 40% desse segmento que nós podemos ainda dialogar, porque são segmentos que não tem uma posição radical de direita e podem também estar mais próximo de nós”, analisou.

Gutierres avalia que trata-se de um segmento de evangélicos que acreditam numa pauta econômica que beneficie os trabalhadores, como o fim da escala 6×1, o combate à fome e às desigualdades.

“Eles têm um olhar voltado para a pauta social e podem dialogar conosco. Identificam no PT e em Lula um presidente que tem mais ligação com a pauta de melhoria da qualidade de vida. São contra a política da morte”, sublinhou.

O dirigente enfatizou que o partido, que desde que foi fundado sempre teve olhar para as comunidades eclesiais de base da igreja católica, pode atrair boa parte desse setor que cresce e se organiza na base comunitária, nas periferias, zonas rurais dos municípios, “lugares onde a gente não chega, onde esses grupos organizam socialmente as pessoas”, assinalou, ao lembrar que tudo isso é a base dos princípios do PT.

“Vejo esse momento pré-eleitoral como um momento dessa reflexão que devemos fazer com os segmentos religiosos como um todo, para dizer que o Brasil tem jeito e o jeito é melhorar a qualidade de vida das pessoas. O Partido dos Trabalhadores e o presidente Lula têm esse compromisso de melhorar a vida das pessoas, totalmente afinado com a doutrina cristã”, concluiu.

Partido enraizado na diversidade religiosa

Em artigo publicado em outubro de 2024, Gutierres destacou que o PT vem demonstrando que está cada vez mais consolidado e enraizado na diversidade religiosa brasileira. Nas eleições de 2024, 237 candidatos a vereadores e vereadoras evangélicas se elegeram e também seis prefeitos e prefeitas evangélicas.

“Dos 3.365 eleitos para prefeito/e vereador/a elegemos 1 budista, 977 católicos, 49 espíritas, 1 judaica, 47 da Umbanda/Candomblé e 82 de outras religiões não mencionadas”, relatou.

Com informações do PT Org

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