Durante seu mandato, azêmola da extrema direita naturalizou a violência contra a mulher; julgamento é justiça que começa a ser feita

Bolsonaro foi o presidente que mais atuou para ceifar os direitos das mulheres no Brasil
Nesse momento, o país inteiro acompanha o julgamento que pode colocar o ex-presidente Jair Bolsonaro no banco dos réus. A expectativa é que o líder da extrema direita responda por tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado ao patrimônio público. Em resumo: de sequestro da democracia.
Como diz o ditado, “a justiça tarda, mas não falha”. Então chegou a hora de o ex-presidente ser punido por parte de suas infrações. E ainda restam os processos sobre a falsificação do cartão de vacina e o caso das joias sauditas.
Mas também é essencial lembrar como Bolsonaro governou contra as mulheres, promovendo retrocessos e ataques aos seus direitos.
Misoginia
Durante o governo do inelegível, diversas políticas de proteção foram enfraquecidas. Houve a redução de investimentos na Casa da Mulher Brasileira e o desmonte de programas de combate à violência. Bolsonaro também desrespeitou e atacou mulheres, insultou jornalistas, deputadas e servidoras públicas, incentivando a misoginia. E prejudicou políticas de saúde ao dificultar o acesso ao aborto legal e vetar a distribuição gratuita de absorventes.
Sob seu comando, cresceu o discurso fundamentalista que pregava que a única função das mulheres deveria ser a de dona de casa e cuidadora da família. Ao mesmo tempo, movimentos ultraconservadores passaram a tratar o debate sobre igualdade de gênero como inimigo número um.
Em dezembro de 2021, quando o Brasil acumulava mais de 600.000 mortes por Covid-19, a secretária nacional de Mulheres do PT, Anne Moura, escreveu: “Se tem alguém que sofreu as agruras políticas, sanitárias e econômicas da pandemia e do desgoverno foram as mulheres. Se tem um grupo que vive sob constante tensão em relação ao futuro, são elas: as trabalhadoras.”
Negligência no combate ao Covid-19
No mandato do messias da extrema direita, diversos fatores afetaram as mulheres brasileiras, refletindo em questões sociais, de saúde e de segurança.
A gestão da pandemia foi marcada pela minimização da gravidade do vírus, resultando em altas taxas de infecção e mortes. As mulheres, maioria entre os profissionais de saúde, enfrentaram sobrecarga de trabalho e riscos elevados.
A crise também afetou a saúde mental, com aumento de casos de ansiedade e depressão, especialmente entre aquelas responsáveis pelos cuidados familiares e impactadas pelo fechamento de escolas e serviços.
Violência contra a mulher
Nesse período, serviços de acolhimento e proteção às mulheres foram prejudicados. Muitos sofreram redução no horário de funcionamento, cortes nas equipes ou até interrupção completa. Com isso, os casos de violência doméstica cresceram significativamente. Segundo a OMS, medidas de isolamento social expuseram mais mulheres a seus agressores, elevando as denúncias em até 50% em algumas regiões.
A falta de políticas públicas eficazes para proteção das vítimas foi uma constante. Sua gestão destinou o menor orçamento em uma década para o combate à violência contra a mulher. O Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) afirmou que a execução orçamentária de ações externas ao público feminino sofreu redução de 75% entre 2014 e 2019, passando de R$ 185 milhões para R$ 46 milhões.
Liberação das armas
A flexibilização do acesso às armas de fogo gerou preocupações com o aumento da violência, especialmente contra as mulheres. Estudos demonstraram que a presença desses itens em casa aumenta o risco de homicídios e feminicídios.
Entre 2019 e 2022, mais de um milhão de armas entraram em circulação no país. O último ano de Bolsonaro na presidência foi o período com o maior aumento de todos os indicadores de violência contra mulheres na história do Brasil. Os dados constam no Anuário Brasileiro de Segurança Pública – 2022 – elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Os feminicídios cresceram 6,1%,, em comparação com 2021, totalizando 1.437 mortes. Sete em cada dez mulheres assassinadas estavam dentro de casa, e em 53,6% dos casos, o crime foi cometido pelo parceiro íntimo. Em outros 19,4%, foram cometidos pelo ex-parceiro e, em 10,7%, por algum familiar. Organizações de direitos humanos alertavam que a liberação de armas agravaria esse cenário, o que acabou se confirmando.
Desigualdade social
É também importante recordar que as mulheres, especialmente negras e de baixa renda, foram as mais impactadas pela crise econômica agravada durante seu governo. O aumento do desemprego e a ausência de políticas sociais adequadas afetaram diretamente suas condições de vida e trabalho.
Os dados e fatos evidenciam o descaso de Bolsonaro com as mulheres, agravando problemas sociais e de saúde pública. Seu governo representou um retrocesso nos direitos conquistados e expôs milhões à violência e à negligência do Estado.
Com informações do PT Org
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