A jornalista Maria Cristina Fernandes, do Valor, afirma que já há uma carta de renúncia do presidente Jair Bolsonaro. A opção de deixar o cargo “espontaneamente” será avaliada pelo capitão.
A experiente jornalista Maria Cristina Fernandes, do Valor, escreve nesta quinta-feira (26) que há um forte movimento pressionando pela renúncia do presidente Jair Bolsonaro.
Segundo a articulista, que foi editora de política do jornal por 15 anos, a renúncia seria a alternativa ao processo de impeachment –que seria lento e custoso politicamente.
Maria Cristina anota que a costura da renúncia de Bolsonaro passaria pela “anistia” aos filhos 01, 02 e 03. Seria, segundo ela, uma saída estilo Boris Yeltsin, ex-presidente da Rússia, que foi apeado do poder em 1991.
A jornalista do Valor ainda dá uma dica de quem poderia convencer Jair Bolsonaro a entregar sua carta de renúncia: “Cogita-se, à sua revelia, dos generais envolvidos na intervenção do Rio, PhDs em milícia.”
Além de Maria Cristina, o ex-presidente Lula também falou ontem (25) na hipótese de renúncia de Bolsonaro durante uma live (transmissão ao vivo) ao lado do ex-prefeito Fernando Haddad:
“Haddad, acho que nós estamos numa situação complicada, porque acho que o Bolsonaro não tem estatura psicológica para continuar governando o Brasil. Ou este cidadão renuncia ou se faz o impeachment dele, alguma coisa, porque não é possível que alguém seja tão irresponsável de brincar com a vida de milhões de pessoas como ele está brincando.”
Leia a íntegra do artigo publicado pelo Valor:
A carta da renúncia
A costura de uma renúncia, como saída, passa pela anistia aos filhos
A tese do afastamento do presidente viralizou nas instituições. O combate à pandemia já havia unido o país, do plenário virtual do Congresso Nacional ao toque de recolher das favelas. Com o pronunciamento em rede nacional, o presidente conseguiu convencer os recalcitrantes de que hoje é um empecilho para a batalha pela saúde da nação. Se contorná-lo já não basta, ainda não se sabe como será possível tirá-lo do caminho e, mais ainda, que rumo dar ao poder em tempos de pandemia. A seguir a cartilha do presidiário Eduardo Cunha, seu afastamento apenas se dará quando se encontrar esta solução. E esta não se resume a Hamilton Mourão.
Ao desafiar a unanimidade nacional, no uniforme de vítima de poderes que não lhe deixam agir para salvar a economia, Bolsonaro já sabia que não teria o endosso das Forças Armadas para uma aventura que extrapole a Constituição. Era o que precisaria fazer para flexibilizar as regras de confinamento adotadas nos Estados. Duas horas antes do pronunciamento presidencial, o Exército colocou em suas redes sociais o vídeo do comandante Edson Leal Pujol mostrando que a farda hoje está a serviço da mobilização nacional contra o coronavírus.
Saída a ser costurada passa pela anistia aos filhos
Pujol falou como comandante de uma corporação que tem a massa de seus recrutas originários das comunidades mais pobres do país, hoje o foco de disseminação mais preocupante para as autoridades sanitárias. Disse que agirá sob a coordenação do Ministério da Defesa. Em nenhum momento pronunciou o presidente. Moveu-se pela percepção de que uma tropa aquartelada hoje é mais segura que uma tropa solta. Na mão inversa do trem desgovernado do discurso presidencial daquela noite.
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