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Presidente reforçou a importância do BRICS como espaço de diálogo e diversidade, criticou unilateralismo e propôs reformas na governança global

Lula e Donald Trump
Lula e Donald Trump (Foto: Ricardo Stuckert/PR | REUTERS/Brendan McDermid)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu, nesta quarta-feira (26), a primeira reunião de Sherpas da presidência brasileira do BRICS com um discurso enfático em defesa do multilateralismo e da busca por soluções construtivas e equilibradas para os conflitos globais. Sem citar diretamente os Estados Unidos, Lula criticou práticas unilaterais e destacou que “negociar com base na lei do mais forte é um atalho perigoso para a instabilidade e para a guerra”.

“Neste momento de crise, nossa responsabilidade é buscar soluções construtivas e equilibradas”, afirmou Lula, ressaltando o papel central do BRICS na promoção de um mundo multipolar e menos assimétrico. O presidente lembrou que o bloco tem sido fundamental para avanços importantes e continuará sendo peça-chave para o cumprimento de agendas globais, como a Agenda 2030, o Acordo de Paris e o Pacto Para o Futuro.Play Video

Lula citou como exemplos positivos as iniciativas do Brasil e da China na criação do grupo de amigos da paz para o conflito na Ucrânia. Sobre a crise em Gaza, o presidente destacou que a solução só será alcançada com o envolvimento dos países da região, reforçando a necessidade de diálogo e cooperação internacional. “A crise em Gaza desperta intensa preocupação e só será resolvida com envolvimento dos países da região”, disse.

O presidente também defendeu a reforma da arquitetura multilateral de paz e segurança, classificando-a como “inadiável”. Ele criticou o unilateralismo, que, segundo ele, “solapa a ordem internacional”, e afirmou que apostar na imprevisibilidade afasta os compromissos coletivos necessários para a humanidade. “Frente à polarização e à ameaça de fragmentação, a defesa consistente do multilateralismo é o único caminho que devemos trilhar”, declarou o presidente.

Lula lembrou que, há seis meses, o Brasil lançou um chamado à ação sobre a reforma da governança global no âmbito do G20. Segundo ele, as mudanças vertiginosas no cenário internacional tornam essa convocação ainda mais urgente. O presidente também reforçou a necessidade de reformar as Nações Unidas, incluindo o Conselho de Segurança, para garantir maior representação dos países emergentes.

“As últimas cúpulas dos BRICS foram unânimes em reconhecer a urgência da reforma das Nações Unidas, inclusive do Conselho de Segurança. Adequar a representação dos países emergentes é essencial para uma governança mais eficaz e legítima”, afirmou.

A presidência brasileira do BRICS, segundo Lula, terá como prioridade reforçar a vocação do bloco como espaço de diversidade e diálogo, promovendo relações internacionais mais equilibradas e menos assimétricas. O discurso do presidente reflete a posição do Brasil como mediador em conflitos globais e defensor de uma ordem internacional baseada no multilateralismo e na cooperação.

Os sherpas são enviados dos chefes de estado/governo dos integrantes do BRICS, com responsabilidade de conduzir discussões rumo à Cúpula de Líderes, agendada para os dias 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro.

Na sessão especial com o presidente Lula, além dos representantes de países-membros do BRICS (Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã), também participaram embaixadores de países parceiros (Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão).

Com informações do Brasil 247

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