Governo avalia que a estratégia visa colocar o segmento evangélico, uma das bases do bolsonarismo, contra o presidente Lula
O Palácio do Planalto enxerga o ato bolsonarista ocorrido neste domingo (25) na Avenida Paulista como uma consolidação de três estratégias simultâneas da oposição, destacando a defesa de Jair Bolsonaro (PL) e a oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), incluindo um movimento para insuflar o eleitorado evangélico contra o governo.
Segundo a CNN Brasil, o primeiro movimento visa reforçar o discurso de “perseguição política” por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) e do governo, alegando tentativa de golpe de Estado por Bolsonaro. Outra estratégia busca construir uma tese jurídica para impedir o ministro do STF Alexandre de Moraes de julgar casos relacionados ao ex-mandatário.
“É o terceiro movimento, no entanto, que mais preocupa atualmente o Planalto: trata-se de inflamar uma ‘guerra santa’ entre evangélicos e religiosos em geral — base de apoio do ex-presidente — contra Lula e o governo do PT. A estratégia, já usada no passado com foco em temas como o aborto e boatos sobre fechamento de igrejas, estaria centralizada na referência de Lula ao Holocausto nazista e no conflito diplomático aberto contra Israel”, destaca a reportagem.
O ato convocado por Bolsonaro para se defender das investigações da Polícia Federal sobre o seu envolvimento em um planejamento de golpe de Estado, realizado na Avenida Paulista (SP), foi marcado pela presença de manifestantes empunhando a bandeira de Israel e enrolados na Estrela de Davi. “O governo teme os efeitos, a posteriori, dos chamados ‘recortes’ para as redes sociais como armas poderosas nessa ‘guerra santa’”, destaca um trecho da reportagem.
O Planalto, porém, já avalia algumas reações ao movimento bolsonarista junto ao segmento evangélico. A expectativa é que o governo anuncie até março um recuo na medida que ampliou a isenção de tributos pagos por igrejas sobre “prebendas” a líderes religiosos, como pastores evangélicos e padres católicos. Nesta linha, o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, evangélico da Igreja Batista, tem buscado costurar acordos com a Frente Parlamentar Evangélica e a por meio de pacote de políticas públicas que conte com o apoio de diversos segmentos religiosos.
Com informações do Brasil 247
Quer ficar por dentro do que acontece em Taguatinga, Ceilândia e região? Siga o perfil do TaguaCei no Instagram, no Facebook, no Youtube, no Twitter, e no Tik Tok.
Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre Ceilândia, Taguatinga, Sol Nascente/Pôr do Sol e região por meio dos nossos números de WhatsApp: (61) 9 9916-4008 / (61) 9 9825-6604.
- Governador Ibaneis Rocha anuncia projeto de lei para reduzir o ITBI no DF
- Governo bloqueia R$ 6 bilhões do Orçamento de 2024
- Moraes impõe sigilo absoluto sobre inquérito da intentona golpista de Bolsonaro
- Saiba o papel do padre indiciado por participação na trama golpista
- Moraes pretende levar julgamento de Bolsonaro à Primeira Turma – e não ao plenário do STF