O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, na sexta-feira (24), pela condenação de mais cinco réus bolsonaristas pelo ataque e depredação dos prédios dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. Ana Paula Neubaner Rodrigues, Ângelo Sotero de Lima, Alethea Verusca Soares, Rosely Pereira Monteiro e Eduardo Zeferino Englert foram sentenciados a 17 anos de prisão.
As acusações incluem os crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e dano qualificado. O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, e outros seis dos dez ministros da Corte votaram pela condenação, enquanto o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e os ministros André Mendonça e Nunes Marques discordaram da decisão.
O julgamento foi realizado no formato virtual, no qual os ministros registram eletronicamente seus votos, sem a necessidade de deliberação presencial. Alexandre de Moraes, que propôs a condenação a 17 anos de prisão em regime inicial fechado, liderou a maioria dos votos a favor das condenações.
Essa decisão eleva para 30 o número total de réus condenados pelo STF em relação à invasão e depredação dos prédios do STF, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto em 8 de janeiro de 2023.
Quem são os réus:
Eduardo Zeferino Englert: empresário residente em Santa Maria (RS). A polícia encontrou em seu celular vídeos da invasão, incluindo cenas de pessoas tentando dissuadir soldados do Exército Brasileiro durante o acesso ao Palácio do Planalto.
Alethea Verusca Soares: moradora de São José dos Campos (SP), participou de acampamentos em frente ao Departamento de Ciência e Tecnologia da Aeronáutica da cidade.
Ana Paula Neubaner Rodrigues: mineira de Ipatinga, foi candidata à vereadora em 2020 pelo Patriotas. Nas redes sociais, compartilha fotos com apoiadores de Jair Bolsonaro.
Ângelo Sotero de Lima: morador de Blumenau (SC), identifica-se como músico nas redes sociais e faz postagens com incitação à cassação de ministros do STF e pedidos de intervenção militar.
Rosely Pereira Monteiro: moradora de Colíder (MT), teria ficado acampada em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília.
As defesas dos bolsonaristas negaram todas as acusações, solicitando o arquivamento dos processos, enquanto a maioria dos ministros do STF sustentou que houve uma clara intenção de tomada ilícita de poder por parte da multidão que invadiu os prédios dos Três Poderes, usando meios violentos para contestar um governo democraticamente eleito.
por Augusto de Sousa
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