“Não é possível esperar 1º de janeiro para que medidas sejam tomadas. Medidas precisam ser tomadas imediatamente”, relata Arthur Chioro
Representantes do grupo de trabalho da área da saúde do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva participaram de uma coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (25) para alertar sobre um apagão que vive a área da saúde, com destaque da insuficiente cobertura vacinal, desorganização de dados entre União e municípios, além do iminente risco do retorno de doenças que já foram erradicadas.
O senador Humberto Costa iniciou sua fala destacando que a cobertura vacinal no combate à Covid entre crianças de 5 anos “é insuficiente” e que faltam dados do governo a respeito da distribuição de imunizantes.
“Ao contrário do que dizem, existem sim óbitos de crianças pela Covid e isso é preocupante. Precisamos imediatamente solicitar ao governo que inicie a aplicação das doses de reforço, incluindo a dose bivalente”, reforçou.
O médico e ex-ministro da Saúde do governo de Dilma Rousseff, Arthur Chioro, classificou o quadro de imunização dos brasileiros como um “descalabro”.
“Vou dar um exemplo. Até o ano de 2015, o Brasil tinha cobertura para todas as vacinas. Esses números foram caindo e hoje vivemos um quadro de completa insegurança. O risco é concreto. O atual governo destruiu em quatro anos, quatro décadas de construção de um programa modelo internacional”, alertou.
De acordo com o especialista em saúde, a situação atual do ministério é “tão desorganizada” que não se sabe ao certo quantas doses de vacina contra a Covid são enviadas aos estados e municípios e quantas são aplicadas. “Milhões de doses estão para vencer agora no final do ano e principalmente nas primeiras semanas de janeiro. É uma grave situação”.
Chioro destacou ainda que o Brasil poderá voltar a ter casos de doenças erradicadas, como a poliomielite. “E não há planejamento no atual ministério para resolver essas questões.Desorganização total”, completou.
José Gomes Temporão, ex-ministro da Saúde dos governos Lula e Dilma, citou em seu balanço a situação caótica que enfrentam os hospitais federais no Rio de Janeiro.É extrema a gravidade. Muita degradação e sucateamento”.
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