Imprensa do mundo destaca que Bolsonaro deu cargo a quemprendeu rival
‘Le Monde’ ironiza escolha, até agora, de um militar, um juiz anticorrupção e um astronauta para o governo de extrema direita
Não passou despercebida para a imprensa internacional a escolha de Jair Bolsonaro para o Ministério da Justiça. Os principais jornais do mundo estamparam em seus portais na internet a opção pelo juiz que levou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a cadeia e que, com isso, abriu caminho para a vitória eleitoral do candidato do PSL. Igualmente, sublinharam a aceitação de Sergio Moro ao convite para o cargo.
O jornal El País, da Espanha, estampou a manchete: “O juiz que encarcerou Lula da Silva aceita ser ministro da Justiça de Bolsonaro”. A reportagem chama o futuro ministro de “herói do antipetismo” e assinala o fato de que sua pasta terá, no futuro governo, funções ampliadas e mais poder.
Imprensa do mundo destaca que Bolsonaro deu cargo a quem prendeu rival
‘Le Monde’ ironiza escolha, até agora, de um militar, um juiz anticorrupção e um astronauta para o governo de extrema direita
Não passou despercebida para a imprensa internacional a escolha de Jair Bolsonaro para o Ministério da Justiça. Os principais jornais do mundo estamparam em seus portais na internet a opção pelo juiz que levou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a cadeia e que, com isso, abriu caminho para a vitória eleitoral do candidato do PSL. Igualmente, sublinharam a aceitação de Sergio Moro ao convite para o cargo.
O jornal El País, da Espanha, estampou a manchete: “O juiz que encarcerou Lula da Silva aceita ser ministro da Justiça de Bolsonaro”. A reportagem chama o futuro ministro de “herói do antipetismo” e assinala o fato de que sua pasta terá, no futuro governo, funções ampliadas e mais poder.
O portal da BBC segue a mesma linha, mas menciona que o “maior escalpo” coletado por Moro foi o do “esquerdista Luiz Inácio Lula da Silva, o líder nas eleições antes de sua condenação a 12 anos de prisão por corrupção em abril passado”.
O jornal britânico The Times viralizou na internet sua manchete sobre o tema: “Jair Bolsonaro promete alto cargo a juiz que aprisionou seu rival”. Como nas demais publicações, o texto referiu-se a Lula como o adversário real do candidato do PSL à eleição presidencial, e não a Fernando Haddad, que assumiu a chapa petista apenas depois de 11 de setembro.
Mais espirituoso em sua abordagem, o francês Le Monde ironizou esta e as demais primeiras escolhas do presidente-eleito para seu gabinete. “Brasil: militar, juiz anticorrupção, astronauta… os futuros ministros do governo Bolsonaro”. Referiu-se ao general Augusto Heleno, que assumirá o Ministério da Defesa, ao tenente-coronel da reserva Marcos Pontespara a Ciência e Tecnologia e ao próprio Moro.
O jornal classifica o futuro governante como de “extrema direita” e sublinha o fato de Moro ter se notabilizado pela condenação do ex-presidente de esquerda Lula.
A clara definição de Bolsonaro como um presidente de extrema direita foi expressa igualmente pelo The Guardian. O jornal britânico menciona Moro como “o juiz que ajudou a pavimentar o caminho para a vitória colossal (de Bolsonaro) no domingo ao prender o principal rival”.
Ao estampar em seu portal o título “Juiz brasileiro que condenou Lula aceita cargo no gabinete de Bolsonaro”, o jornal The New York Times comenta ser Moro “o mais visível” magistrado na varredura da corrupção brasileira. Segundo a reportagem, a escolha foi saudada no Brasil e no exterior por ser o juiz um “desorganizador de uma classe política que muitos viam despencar para a cleptocracia”.
“Ainda assim, alguns brasileiros o vem como um operador político que cumpriu a missão de políticos conservadores, particularmente ao supervisionar o processo rápido do senhor da Silva sobre corrupção e lavagem de dinheiro”, afirma o Times.
O argentino Clarín anunciou com um perfil de Moro a sua incorporação ao gabinete do “ultradireitista” Bolsonaro. Em “Brasil: Sergio Moro, o juiz a quem se ama ou odeia”, o jornal sustenta que o magistrado tem a imagem de um “lutador contra a corrupção” e de um “justiceiro puritano com viés político”. Em outra reportagem, o jornal destaca mais o fato de ser Moro o juiz da Lava Jato, cuja ramificação na Argentina investiga figuras ilustres dos governos de Néstor e Cristina Kirchner.
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