“Muito, mas muito mais grave que a corrupção é a questão ideológica”, afirmou Jair Bolsonaro, em reunião do PSL, nesta quarta-feira (21). É um discurso diferente do que era dito antes. Ele está adaptando o suposto combate à corrupção, prometido na campanha, às novas circunstâncias. Sem dúvida, com tanto investigado em seu ministério, ele não pode mais achar “tão grave assim” o roubo do dinheiro público. Fez promessas de que iria “atrás dos corruptos”. Cumpriu a promessa. Foi atrás e convidou vários deles para compôr o seu ministério. Onyx Lorenzoni, Luiz Henrique Mandetta, Paulo Guedes e a “musa do veneno” são todos investigados. Todos acusados de cometerem falcatruas com dinheiro público.
A relativização da corrupção foi feita em reunião do PSL, onde ele foi se explicar porque estaria loteando os cargos do governo para o DEM. Repetindo Collor, que, antes de ser defenestrado, loteou seu governo para o antigo PFL, Bolsonaro também está loteando os cargos, só que para o sucedâneo do PFL , o DEM. Já são três ministérios entregues ao partido. Casa Civil, Agricultura e Saúde. Por coincidência os três ministros indicados são investigados por corrupção.
Diante da insatisfação dos parlamentares do PSL, o capitão foi pedir paciência e fazer promessas. “Eu vim pedir o apoio de vocês”, disse. “Eu tenho certeza que 99% daqui vão apoiar a gente, assim como eu vou apoiar vocês”, jurou. E aí, entrou no tradicional toma-lá-dá-cá. “Qualquer pedido pro seu estado, pro seu município, se tiver recurso nós atenderemos, assim como atenderemos de outros partidos também”, prometeu.
As escolhas dos elementos para compôr o novo governo parecem seguir três condições básicas. A primeira é que o sujeito seja privatista e entreguista, e aí aparece o chicago-boy (Paulo Guedes) e sua trupe de trambiqueiros ocupando o Ministério da Fazenda, rebatizado de Ministério da Economia, e preparando a queima do patrimônio público; o segundo é ser reacionário, tacanho, aí surge o exótico chanceler, Ernesto Araújo, que é fã de carteirinha de Trump e acha a idade média o maior barato. E o terceiro é ser investigado pela Justiça ou pela Polícia Federal. Aí vêm os demais. Tem alguns que, por não defenderem a “escola sem discussão”, foram descartados para Ministro da Educação.
Diante dos desgostosos parlamentares do PSL, que não querem nem ouvir falar o nome de Onix, Bolsonaro seguiu tentando acalmá-los. “Alguns ministros, as pessoas têm reclamado, que são do DEM”, disse Bolsonaro. “Não são do DEM. Quem indicou a Tereza Cristina foi a bancada agropecuária, e ela é do DEM. Assim como grande parte dos gestores de hospitais filantrópicos, de Santas Casas, o presidente do Conselho Federal de Medicina e a grande parte da bancada da saúde indicaram o [Luiz Henrique] Mandetta, e por coincidência ele é do DEM”, explicou.
Como não conseguiu agradar, ele começou a ameaçar os desconfiados presentes com um possível fracasso geral de seu governo. “Se nós errarmos, aquele pessoal volta e não sai nunca mais. E quem vai ter que sair seremos nós, e vai faltar toco de bananeira para nadarmos até a África ou os Estados Unidos”, disse Bolsonaro, preocupado em garantir pelo menos o seu “toco” de bananeira.
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