Presidente do PT critica ex-primeira-dama por defender política feita por “marido machão” e cobra maior representação feminina nos espaços de decisão
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A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, reagiu duramente às declarações de Michelle Bolsonaro sobre os papéis de gênero na política. Durante um evento de apoio à candidatura de Fred Rodrigues (PL) nesta quinta-feira passada(24), em Goiânia, a ex-primeira-dama defendeu o que chamou de “política colaborativa” entre homens e mulheres, afirmando que o homem deve atuar como “marido machão” e gestor, enquanto a mulher assume o papel social. “Precisamos fazer essa política colaborativa. O maridão ali, machão, gestor, administrador. E a mulher com esse olhar feminino, sabe, de ajudar ali no social”, disse Michelle, destacando uma visão que, para seus críticos, perpetua estereótipos de gênero .
Em resposta, Gleisi Hoffmann fez uma publicação no X criticando o que descreveu como uma visão retrógrada e limitada do papel das mulheres na sociedade e na política. “Que pesadelo ouvir a Michelle Bolsonaro defendendo que a política seja feita por ‘marido machão, gestor, e mulher no social’”, escreveu o líder petista, lembrando que o Brasil de hoje, segundo o Censo do IBGE, mostra que 34% das casas brasileiras são chefiadas por mulheres, refletindo uma realidade bem distinta daquela proposta pela ex-primeira-dama.
Para Hoffmann, essa realidade exige que as mulheres ocupem mais espaços de poder e decisão e não se restrinjam a funções secundárias. “É uma realidade que precisa refletir também na representação das mulheres nos espaços de decisão. Mas tem gente que prefere andar pra trás”, afirmou.
Michelle Bolsonaro, que se tornou um dos principais rostos femininos do bolsonarismo, argumentou que sua fala visava promover uma política onde homens e mulheres trabalham juntos, cada um contribuindo com suas “características” para o fortalecimento da atuação pública. Entretanto, para Gleisi, essa proposta limita as mulheres e ignora avanços conquistados nas últimas décadas. “Já lutamos muito para chegar até aqui, e não tem Michelle, nem Bolsonaro (que de gestor não tem nada), nem extrema direita que vai nos dizer o que fazer. Xô, atraso!”, concluiu.
Com informações do Brasil 247
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