Em nota, Embaixada da China critica posicionamento dos EUA e destaca cooperação igualitária e respeito à soberania brasileira
A Embaixada da China no Brasil manifestou insatisfação com o comentário feito pela chefe de Comércio dos Estados Unidos, Katherine Tai, que aconselhou o governo brasileiro a pesar os riscos de uma eventual adesão à Nova Rota da Seda, projeto global de investimentos liderado pela China. O tema deve ganhar destaque em novembro, quando o presidente chinês, Xi Jinping, fará uma visita ao Brasil. A informação foi divulgada pela Folha de S. Paulo, e repercute o tom firme adotado por Pequim em sua resposta.
Em nota assinada pelo porta-voz da embaixada, Li Qi, a China criticou o conselho de Tai, classificando-o como ‘irresponsável’ e desrespeitoso com a soberania do Brasil. A declaração também destacou que a cooperação sino-brasileira é baseada em igualdade e benefícios mútuos, afastando qualquer necessidade de ‘ditames externos’ sobre os caminhos de parceria escolhidos pelo Brasil. “O Brasil merece ser respeitado. É uma grande nação que defende sempre sua independência e tem grande projeção internacional. O Brasil não precisa que outros venham lhe ditar com quem deve cooperar ou que tipo de parcerias deve conduzir,” sublinhou a nota da embaixada.
A relação entre China e Brasil tem se consolidado com a China figurando como maior parceiro comercial do país e destino prioritário das exportações brasileiras. Pequim argumenta que, ao contrário dos supostos riscos mencionados por Tai, a parceria com a China reforça a balança comercial brasileira.
Durante um evento em São Paulo, organizado pela Bloomberg Media, Tai sugeriu cautela ao Brasil, recomendando que o país avalie a proposta chinesa com atenção a possíveis riscos. Segundo ela, a adesão à Nova Rota da Seda deveria ser examinada por uma perspectiva de “objetividade e gestão de risco”, ressaltando a necessidade de uma economia brasileira mais resiliente, alinhada com os interesses globais. “O Brasil deve se perguntar qual é o caminho que leva a mais resiliência não só da economia brasileira, mas da economia global,” afirmou Tai.
O governo brasileiro, sob a liderança do presidente Lula (PT), ainda avalia as implicações de uma eventual adesão ao projeto chinês. Lula já sinalizou que a análise da proposta deve ser pragmática e enfatizou que tal decisão não alteraria os laços do Brasil com os EUA.
Leia a nota do porta-voz da Embaixada da China no Brasil sobre o assunto:
Declaração do porta-voz da Embaixada da China no Brasil sobre comentários equivocados de alta autoridade do governo dos EUA em relação à China
Recentemente, uma alta autoridade do governo dos Estados Unidos que esteve no Brasil para participar duma reunião multilateral, emitiu comentários irresponsáveis sobre o debate brasileiro para cooperações relacionadas à Iniciativa “Cinturão e Rota”. Tal ato carece de respeito ao Brasil, um país soberano, e despreza o fato de que a cooperação sino-brasileira é igualitária e mutuamente benéfica. Por este motivo, manifestamos nosso forte descontentamento e veemente oposição.
O Brasil merece ser respeitado. É uma grande nação que defende sempre sua independência e tem grande projeção internacional. O Brasil não precisa que outros venham lhe ditar com quem deve cooperar ou que tipo de parcerias deve conduzir. A China valoriza e respeita o Brasil desde sempre. O fortalecimento da cooperação sino-brasileira está alicerçado na confiança mútua e na convicção no futuro do outro.
Os fatos não deixam margem para distorção. Nos 50 anos desde o estabelecimento das relações diplomáticas entre China e Brasil, a cooperação entre os dois países tem se expandido e aprofundado continuamente, dando importante impulso ao desenvolvimento econômico e à melhoria do bem-estar social de ambos. A China, como maior parceiro comercial, maior mercado de exportação e principal fonte de superávit do Brasil, representa um risco e não uma oportunidade? Essa visão contraria os fatos e a lógica básica.
A Iniciativa “Cinturão e Rota” é uma importante medida para promover uma abertura de alto nível da China ao mundo e ao mesmo tempo, uma plataforma internacional para levar adiante um desenvolvimento inclusivo e universalmente benéfico da globalização econômica. A iniciativa está aberta para países com as mesmas aspirações, em busca duma cooperação de consulta extensiva, contribuição conjunta e resultados compartilhados. Diferentemente de certas pessoas, jamais coagiríamos nossos amigos a abandonarem parceiros específicos para se juntarem a nós.
A China está firmemente comprometida com o respeito mútuo, a cooperação igualitária e o desenvolvimento conjunto com o Brasil, de maneira a trazer maiores benefícios aos povos dos dois países e contribuir com energia positiva para a comunidade internacional. Acreditamos que a cooperação sino-brasileira, ao alcançar níveis mais elevados, chamará maior atenção do mundo. Seria algo positivo se outros países, em resposta, valorizassem ainda mais o Brasil e aumentassem realmente seus investimentos em cooperação com o país.
Com informações do Brasil 247
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