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Intenção foi cogitada por Lula após os ataques aos ônibus no RJ

Flávio Dino de óculos, falando e gesticulando
Flávio Dino fez publicação sobre ônibus incendiados no Rio – Reprodução/Agência Brasil

Depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mencionar na terça-feira que está considerando a criação de um ministério exclusivo para a Segurança Pública, o ministro da Justiça, Flávio Dino, argumentou que a divisão do ministério poderia “diminuir a eficácia” das operações. Com informações do Globo.

Na manhã da terça-feira (24), Lula declarou que está “considerando as condições” para a criação de um novo ministério dedicado à Segurança Pública e como ele poderia interagir com as forças de segurança estaduais. No entanto, Dino continua a afirmar que a área já é central na configuração atual e que a separação prejudicaria o desempenho eficaz das operações de justiça e segurança.

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“Existe uma conexão inegociável entre a investigação judicial e as operações policiais”, explicou o ministro. “Em minha opinião, a separação, longe de melhorar a eficiência, reduz a eficácia”.

Segundo Dino, o assunto não está atualmente em discussão. No entanto, no mesmo dia, o Ministro da Casa Civil, Rui Costa, anunciou que a criação de um ministério de Segurança Pública será discutida em uma reunião nesta quarta-feira com Dino e o Ministro da Defesa, José Múcio. Costa afirmou que a decisão depende de discussões sobre o “conteúdo, propósito e alcance” do novo ministério.

O Ministro da Justiça tem enfrentado pressão de uma ala do PT que apoia a divisão do ministério. Um dos argumentos é que isso deixaria clara a prioridade do governo em relação ao assunto.

Ônibus incendiado por milicianos na tarde desta segunda (23) no Rio. Foto: Reprodução

Violência no Rio

Dino também abordou as ações das forças federais no Rio de Janeiro. Na segunda-feira, o estado enfrentou o maior ataque realizado por milicianos desde a morte do paramilitar Faustão na Zona Oeste da cidade, com 35 ônibus incendiados.

Ao discutir medidas de segurança para o estado, Dino descartou a possibilidade de uma intervenção, semelhante ao que ocorreu no governo de Michel Temer, quando o general Walter Braga Netto assumiu o controle da segurança estadual.

“Não é uma decisão que o presidente pode tomar a qualquer momento, devido ao seu desejo”, disse Dino. “É necessário que se demonstre a completa ausência de autoridade do governo, o que não ocorre no momento. Não há justificativa para uma intervenção federal. O que continuaremos fazendo é aumentar a participação das Forças Armadas”.

Lula também descartou a possibilidade. Pela manhã, o chefe do Executivo se reuniu com Múcio para discutir o papel das Forças Armadas na segurança do Rio. A ideia é intensificar a atuação militar nos portos e aeroportos para combater o crime organizado.

Violência no Rio

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