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O uso indiscriminado da religião no ambiente político sempre foi uma prática quando
se trata de buscar votos e conseguir apoio para causas sociais e até econômicas. No
Brasil, a religião ganhou destaque após a eleição do presidente Jair Bolsonaro, que se
apoiou em fiéis evangélicos para se consagrar presidente e depois usou e abusou das
igrejas neopentecostais para tentar ficar no poder.
Com Bolsonaro e o bolsonarismo, a religião deixou de ter um papel tímido na política e
passou a ter cada vez mais espaço nos debates públicos, chegando mesmo a fazer parte
do slogan da campanha do ex-presidente: “Deus acima de tudo, Brasil acima de todos”.
O uso excessivo da religião no debate político tem levado a discussão pública para
caminhos pouco democráticos, onde impera apenas um ponto de vista, o que
impossibilita a democracia de deixar seus cidadãos exercerem o direito ao contraditório
e a opiniões diferentes.
Não bastando a introdução indevida da religião da política, o uso da chamada “palavra
de Deus” passou a ser proferida por pessoas que, antes de serem religiosas, são
políticas. E, por isso, sabem que a união entre religião, política e mentira (leia-se fake
news), são essenciais para manter uma população no atraso e presos às garras de
pastores, padres e outros charlatões que se passam por lobos em pele de cordeiros.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não pode ficar refém de fake news e
precisa combater em todas as instâncias a proliferação da desinformação que, além de
ser crime, impossibilita o governo de divulgar as boas ações que vêm sendo feito em
prol da sociedade.
Portanto, todo propagador de notícias falsas, seja ele autoridade ou cidadão, deverá ser
imediatamente rechaçado e imitado a comprovar o que diz. Caso contrário, deverá
receber, a mesma classificação que o deputado distrital Chico Vigilante deu ao seu
colega distrital Iolando, quando esse, na tribuna da CLDF, disse falsidades sobre Lula.
Vigilante, de forma bastante enfática, rotulou o colega como mentiroso e pediu para
que ele provasse o que tinha afirmado, o que, até o momento, não ocorreu.

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