Quadrilha que vendia milhões de senhas de órgãos públicos é desmontada
Uma operação policial revelou a atuação de uma quadrilha que comercializava mais de 20 milhões de logins e senhas de órgãos como a Justiça e diversas polícias brasileiras, com um adolescente de 14 anos apontado como líder. O grupo, composto por jovens, aproveitava falhas de segurança em sites oficiais.
A investigação começou com a prisão de um adolescente de 17 anos em Bady Bassitt, São Paulo, que estava logado no sistema da Polícia Civil do estado e inseriu informações falsas em um boletim de ocorrência. O adolescente cometeu o crime em junho deste ano, quando ainda era menor de idade.
A polícia conseguiu rastrear integrantes da quadrilha em diferentes cidades, incluindo Jaciara (MT), Blumenau (SC) e Curitiba. Após 32 dias de investigação, outro adolescente de 14 anos foi apontado como líder do grupo. Ele afirmou ter criado um programa de computador capaz de acessar qualquer site, acumulando 20 milhões de logins e senhas.
A quadrilha possuía acesso a sistemas de órgãos como o Tribunal de Justiça de São Paulo, Polícia Militar, Polícia Federal, Exército e Ministério Público de São Paulo, além de outros. Eles compartilhavam ou vendiam os logins e senhas por preços que variavam de R$ 200 a R$ 1.000.
A atuação da quadrilha levanta questões sobre a segurança online e a responsabilidade dos pais, uma vez que o adolescente líder alegou que entrou no sistema por curiosidade. Atualmente, todos os hackers detidos foram liberados, exceto o adolescente à época com 17 anos, que voltou a ser apreendido e está na Fundação Casa.
Todo o esquema era armazenado em servidores privado, numa nuvem, onde eram criadas conexões fantasmas para dificultar o rastreamento. A polícia, no entanto, conseguiu rastrear integrantes da quadrilha em Jaciara (MT), Blumenau (SC) e Curitiba.
O Discord, a plataforma onde os jovens se conheceram e organizaram a quadrilha, afirmou adotar uma abordagem de tolerância zero com atividades ilegais, removendo conteúdo e colaborando com autoridades quando necessário. Enquanto isso, as instituições afetadas garantem que seus sistemas estão protegidos e investem constantemente em segurança cibernética.
A defesa de Lucas Barbas diz que ele é inocente.
Quer ficar por dentro do que acontece em Taguatinga, Ceilândia e região? Siga o perfil do TaguaCei no Instagram, no Facebook, no Youtube, no Twitter, e no Tik Tok.
Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre Ceilândia, Taguatinga, Sol Nascente/Pôr do Sol e região por meio dos nossos números de WhatsApp: (61) 9 9916-4008 / (61) 9 9825-6604.