Fora Bolsonaro: ‘Estamos mostrando que há outro caminho para o Brasil’, diz Paulo Betti
No Rio de Janeiro, milhares de manifestantes anteciparam a concentração e lotam a avenida Presidente Vargas. Protestos pelo impeachment do presidente também toma as ruas das capitais do Nordeste e Norte
São Paulo – Inicialmente marcada para às 10h deste sábado (24), a concentração no Monumento Zumbi dos Palmares, no centro histórico do Rio de Janeiro, acabou sendo antecipada em mais um dia de protesto pelo “Fora Bolsonaro”.
Antes do horário, milhares já reuniam no local para o #24JForaBolsonaro e passaram a lotar as duas vias da Avenida Presidente Vargas de onde seguem em marcha – e com distanciamento – até a Candelária.
Além da cobrança pelo impeachment do presidente da República, os manifestantes protestam com cartazes contra o genocídio da população negra e periférica, por Justiça por Marielle Franco, brandando palavras de ordem como “nem bala, nem fome, nem covid”.
Entre os motes, o protesto também destaca a responsabilidade de Bolsonaro pelas mais mais de 548 mil mortes pela pandemia e as denúncias de corrupção na compra de vacinas que envolvem o seu governo. Povos indígenas também marcam presença no protesto.
“É genocida e é ladrão, o Bolsonaro só governa para patrão”, destacam os manifestantes. Trabalhadores dos Correios também participam da manifestação na capital fluminense, protestando contra o projeto de privatização da estatal por Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes.
‘Outro caminho é possível’
No centro do Rio, a reportagem do Brasil de Fato conversou com o ator Paulo Betti, que destacou como sendo “um dever da classe artística se colocar ao lado dos indígenas brasileiros que estão sendo massacrados e se colocar ao lado da nossa floresta que está sendo destruída por um planejamento que julgamos que não é adequado a esse momento que todo mundo vive e todos os países apontam, que é o da sustentabilidade”, afirmou.
Ao elencar os motivos para cobrar o “Fora Bolsonaro”, o ator observou que os artistas no país “têm uma compreensão quase que unânime de que esse governo é nocivo” e age “de forma maligna contra a cultura, no sentido de procurar cercear de uma forma inimaginável a expressão cultural geral do país”.
Paulo Betti completou que o protesto na avenida Presidente Vargas “expressa que não é esse o caminho que está sendo seguido nesse momento (pelo governo Bolsonaro). Tem um outro caminho e nós estamos mostrando esse outro caminho”, concluiu.
Fora Bolsonaro em Recife
Os atos pelo “Fora Bolsonaro” também são grandes na capital pernambucana.
Desde as 10h, manifestantes já estavam concentrados na Praça do Derby, na região central da cidade.
Usando máscara, como orienta a organização de todo o movimento, o protesto saiu em marcha às 11h, em filas indianas, para manter o distanciamento necessário por conta da pandemia de covid-19.
Eles seguiram pela Avenida Conde da Boa Vista em direção a Avenida Guararapes.
Em memória das vítimas da pandemia, manifestantes reproduziram caixões e cartazes com os dizeres “Bolsonaro genocida”.
Eles também cobram “vacina no braço” e auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia.
A Coalizão Evangélica contra Bolsonaro no Recife também marcou presença na manifestação, destacando que o presidente “usa do nome de Jesus para destruir o Brasil”.
Ao longo do trajeto, a população também prestou homenagem ao adesivador Daniel Campelo, vítima da violência policial no primeiro grande ato nacional pelo “Fora Bolsonaro” em 29 de maio.
Na ocasião, ele foi atingido por uma bala de borracha e perdeu o globo ocular como consequência da censura e da repressão pela Polícia Militar.
Salvador em protesto
Mesmo com chuva, a população também não deixou de ir às ruas protestar contra Bolsonaro em Salvador. Na capital baiana, o ato começou às 10h no bairro Campo Grande.
Ao longo do trajeto até a Praça Municipal, no centro histórico, Nicolas – identificado apenas pelo primeiro nome – de 8 anos, subiu no carro de som da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) para protestar.
“Fora Bolsonaro. Ninguém aguenta mais um presidente genocida, corrupto, misógino, homofóbico, racista e insano”. “Impeachment, impeachment já”, destacou a criança.
A Praça Multieventos, em Maceió, também foi tomada por manifestantes, desde às 9h30. Os atos pelo “Fora Bolsonaro” se repetiram em pelo menos outras quatro cidades de Alagoas. As centrais sindicais, personalidades políticas e movimentos sociais também marcharam em Teresina.
De Norte ao Sul
Em Belém, manifestantes saíram às 9h da manhã da Praça da República, no centro da cidade, em direção ao Mercado São Brás.
No trajeto, a população também criticou o aumento nos preços do gás e da energia e a volta da fome no país. Cartazes também foram levantados pedindo “pra dentro vacina pra fora Bolsonaro”. No norte do país, o recado a Bolsonaro também foi dado por manifestantes em Boa Vista.
A concentração teve início às 9h, na Praça Germano Sampaio, na zona oeste, de onde os manifestantes partiram em caminhada pelas ruas da região.
Eles também protestaram contra o avanço garimpo ilegal que ameaça principalmente as terras indígenas e a preservação ambiental.
Já em Florianópolis, desde às 13h milhares de pessoas estão reunidas no Largo da Alfândega para sair em caminhada pelas ruas da cidade pelo fim do governo Bolsonaro.
Pelo twitter, a deputada federal e presidenta nacional do PT Gleisi Hoffmann (PT-PR) comentou que as manifestações do #24JForaBolsonaro reforçam que “de norte a sul do país, o descontentamento com o fascista é geral”.
Segundo os organizadores, pelo menos 488 manifestações estão confirmadas, em 471 cidades de 17 países.
em Florianópolis, desde às 13h milhares de pessoas estão reunidas no Largo da Alfândega para sair em caminhada pelas ruas da cidade pelo fim do governo Bolsonaro.
Pelo twitter, a deputada federal e presidenta nacional do PT Gleisi Hoffmann (PT-PR) comentou que as manifestações do #24JForaBolsonaro reforçam que “de norte a sul do país, o descontentamento com o fascista é geral”.
Segundo os organizadores, pelo menos 488 manifestações estão confirmadas, em 471 cidades de 17 países.
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