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Acompanhado de comitiva, presidente iniciou, em Tóquio, agenda internacional de seis dias pela Ásia. Na quinta (27), petista embarca para o Vietnã, no Sudeste Asiático

Lula, no Japão: 130 anos de relações diplomáticas

O presidente Lula desembarcou em Tóquio, capital do Japão, neste domingo (23), para dar início à agenda internacional de seis dias pela Ásia, acompanhado de extensa e relevante comitiva. O itinerário diplomático inclui ainda a visita de Lula ao Vietnã, no Sudeste Asiático. O governo federal considera estratégico diversificar e ampliar as parcerias comerciais do Brasil no continente em meio à guerra tarifária declarada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o mundo.

A viagem a Tóquio foi planejada pela diplomacia brasileira também para celebrar os 130 anos de história das relações diplomáticas entre os países. O Brasil detém a maior população de nipodescendentes fora do Japão, cerca de 2 milhões de pessoas. Os japoneses, por sua vez, abrigam a quinta mais expressiva comunidade brasileira no exterior: contingente estimado em 211 mil.

Integram a comitiva de Lula o presidente da Câmara, Hugo Motta, o do Senado, Davi Alcolumbre, os senadores Jaques Wagner e Rodrigo Pacheco, o deputado federal Arthur Lira, além de ministros do governo, como o da Educação, Camilo Santana, a do Meio Ambiente, Marina Silva, e, evidentemente, o das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

Por meio das redes sociais, logo que o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) aterrissou no aeroporto de Haneda, Lula saudou o povo japonês e a longa amizade com o Brasil. “Boa noite, Brasil. Bom dia, Japão. Já em Tóquio para celebrar a parceria de 130 anos entre nossos países”, publicou.

O presidente e a comitiva serão recebidos pelo imperador japonês, Naruhito, e pelo primeiro-ministro, Shigeru Ishiba. No Palácio Imperial e no Parlamento do Japão, bandeiras do Brasil já estão erguidas em sinal de respeito a Lula.

Depois do encontro oficial com autoridades japonesas, um evento organizado pelo Itamaraty e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) reunirá 500 empresários no Hotel New Otani Tokyo.

Novo dinamismo

As relações Brasil-Japão ganharam novo dinamismo ao longo dos últimos anos, com destaque à intensa agenda de visitas de alto nível. No comércio, há elevada complementaridade entre os países. Os japoneses, donos da quarta economia do mundo, são um dos maiores investidores no Brasil, a exemplo dos setores automotivo, de materiais elétricos e siderúrgico. Trata-se da quinta vez que Lula vai a Tóquio enquanto chefe de Estado.

Em 2024, os dois países contabilizaram trocas comerciais na ordem de US$ 11 bilhões, balança superavitária para o Brasil em US$ 146,8 milhões. O Japão consome da produção nacional: carne de aves (frescas ou congeladas), carne suína, alumínio, celulose, café não torrado e minério de ferro. Entre as exportações, a indústria de transformação japonesa é competitiva no mercado brasileiro.

“O Japão é uma grande economia, nosso mais tradicional parceiro na Ásia e é a nona origem de investimentos estrangeiros no Brasil, com um estoque de US$ 35 bilhões de investimentos nos últimos três anos”, observa o embaixador Eduardo Saboia, secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores (MRE).

“O objetivo da visita é dar impulso a setores prioritários, além de novos setores na relação. A gente tem como base essa boa relação de vínculos humanos, econômicos, mas queremos avançar. Uma das nossas expectativas é a abertura do mercado japonês para produtos brasileiros, especialmente carne bovina e suína in natura”, acrescenta.

O MRE também almeja incrementar as deliberações acerca da parceria entre o Mercosul e o Japão, destaca o diplomata: “Além disso, estamos abertos às questões relacionadas à atração de investimentos. Existe uma complementaridade entre as economias, existem grandes oportunidades para investidores japoneses, que já conhecem o Brasil, para ampliar as parcerias público-privadas”.

Parceria Estratégica e Global

Há mais de 10 anos, Brasil e Japão mantêm Parceria Estratégica e Global, marcada pelos tradicionais vínculos humanos, pelo interesse em aprofundar a cooperação em ciência, tecnologia e inovação, pela relevância dos fluxos bilaterais de comércio e investimentos e pela cooperação em temas internacionais. De acordo com o MRE, o principal mecanismo político entre os países é o anual Diálogo de Chanceleres, firmado em 2014, durante o governo Dilma Rousseff.

Já a cooperação técnica com o Japão remonta aos anos 1950 e é referência no desenvolvimento nacional. Destacam-se o fortalecimento do complexo minerador de ferro e de siderurgia no Brasil e a evolução tecnológica que contribuiu para desenvolver a agricultura tropical no bioma Cerrado, o chamado Programa de Cooperação Nipo-Brasileira para o Desenvolvimento de Cerrados (Prodecer).

130 anos de relações diplomáticas

Brasil e Japão celebram, neste ano, os 130 anos das relação diplomáticas entre os países. Elas foram estabelecidas ainda no século 19, em 1895, consequência da assinatura do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação. O acordo autorizava a abertura recíproca de representações diplomáticas em 1897, abrindo caminho para a imigração japonesa em 1908.

Ambos os países são membros do G4, do G20, da Organização Mundial do Comércio (OMC) e da Organização das Nações Unidas (ONU). No diálogo multilateral, Brasil e Japão têm argumentado em favor da reforma do Conselho de Segurança da ONU, organismo que já não consegue mais refletir a realidade da ordem global.

Da Redação, com Site do Planalto, MRE

Com informações do PT Org

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