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Jair Bolsonaro cumprimenta apoiadores em Orlando, nos Estados Unidos. Foto: Reprodução

Fora do Brasil desde 30 de dezembro de 2022, quando fugiu, ainda presidente da República, em circunstâncias ainda não explicadas, Bolsonaro tem prometido voltar para comandar a oposição a Lula, mas, se não se apressar, corre o risco real de criar um problemão para a comunidade de brasileiros que, antes dele, vivia submersa nos Estados Unidos e, agora, tem sido submetida a um nível perigoso de visibilidade.

Apenas na Flórida, onde Bolsonaro se refugiou, vivem 100 mil brasileiros, boa parte deles morando de forma ilegal ou dando guarida a parentes e amigos vivendo na ilegalidade, à espera do sonho americano. A movimentação de fanáticos e a migração do modelo de cercadinho do qual, quase diariamente, o ex-presidente faz uso para falar as estultices de sempre, despertou a atenção da mídia local e dos agentes de segurança lotados em Orlando, principalmente depois do 8 de janeiro. Essa mistura explosiva de jornalistas e policiais é tudo que uma comunidade clandestina não precisa para viver em paz.

Jair Bolsonaro em palestra em uma igreja evangélica na Flórida
Foto: Divulgação/YES Brazil USA

sobre esse entorno bolsonarista com problemas de imigração. Temem que, com a volta de Bolsonaro ao Brasil, prevista, segundo o próprio, para março, seja seguida de medidas restritivas à comunidade brasileira, primeiro, na Flórida, e acabe se estendendo para todo os Estados Unidos.

Assim como no Brasil, onde centenas de patriotas aderiram a movimentos antidemocráticos certos de que jamais seriam alcançados pela lei, em Orlando, essa mesma sensação de impunidade está levando hordas de bolsonaristas com problemas de documentos a se expor às autoridades dos EUA, sem perceber. O castigo para os primeiros foi a prisão. Para os segundos, poderá ser a deportação.

Por Leandro Forte

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