youtube facebook instagram twitter

Conheça nossas redes sociais

Encontra-se aberto mais um período de negociatas no Congresso Nacional.

No toma lá dá cá, a tentativa é engordar partidos e com isso garantir maior fatia dos fundos partidário e eleitoral, principais garantias da saúde das finanças da campanha eleitoral deste ano.
Além do autofinanciamento, que permitirá aos ricos pagarem suas próprias campanhas, isto é, desde que estejam dispostos a enfiar a mão no próprio bolso.

De 8 de março e 6 de abril – período em que deputados podem migrar de um partido para outro sem correr o risco de perder o mandato por infidelidade partidária – a roleta no Congresso está em pleno funcionamento para a compra de deputados federais com ofertas bancadas pelos cofres públicos.

Reforma da Previdência e intervenção no Rio saiu do foco e ninguém está preocupado em ocultar a jogatina institucionalizada.

Alguém se lembra que coxinhas e patos ajudaram a tirar Dilma Rousseff, eleita com mais de 50 milhões de votos, cuspindo slogans contra a corrupção? Pois é. Amnésia não é o problema aqui.

Reportagem da Folha de São Paulo constata, a partir de gravações feitas com 56 parlamentares de 19 partidos, que a temporada pre eleitoral no Congresso nada tem de ideológica, é negociação explícita por dinheiro.

O “passe” para troca de partido na Câmara vem sendo negociado entre de R$ 1 milhão e R$ 2,5 milhões- teto que cada deputado poderá gastar na campanha de 2018.

De acordo com as gravações da Folha citadas na reportagem, também são moedas de troca no mercado do Congresso Nacional, o tempo de propaganda na TV e repasses mensais, além dos valores máximos permitidos para gastos na campanha deste ano.

Deputados ouvidos, segundo os jornalistas Ranier Bragon e Camila Mattoso que assinam a reportagem, afirmam que na linha de frente do balcão estariam o próprio presidente da Casa e figurões do DEM, PR,PP, PSDB, dentre outros.
Ao que tudo indica as negociações acontecem despudoradamente durante as sessões e foram inclusive tema de reunião da bancada tucana e o presidenciável Geraldo Alckmin na última quarta, 21/02.

As próximas eleições gerais – a primeira sem o financiamento empresarial no país- definirão a sobrevivência ou a morte dos partidos, dai o aprofundamento do fisiologismo, prática exercida historicamente no Brasil.
Esta é a mais nefasta prática anti democrática aperfeiçoada no pós golpe. O dinheiro pagou todas as votações, começando pela do impeachment de Dilma Rousseff.
Os votos que aprovaram a reforma trabalhista e todos as demais de retirada de direitos foram comprados. Os votos das votações de entrega das riquezas nacionais foram pagos a preço de ouro. E assim pretendem continuar com a entrega de subsidiárias da Eletrobras e outras estatais criadas com o dinheiro do povo brasileiro.
Esse ajuntamento de partidos sem nenhum caráter ideológico é altamente nocivo para a democracia e não constrói nada de positivo para a Nação.
Esses deputados e as direções de seus partidos demonstram claramente não ter nenhum compromisso com a transformação da sociedade brasileira.
Não estão mirando a realidade do povo e suas necessidades básicas como saúde, educação, segurança, mobilidade urbana. Não vislumbram o Brasil como um país do futuro, independente, rico e com maior igualdade para todos. Defendem seus interesses próprios que na maioria das vezes é o mesmo das elites.
Fala-se demagogicamente em combate a corrupção todo o tempo mas nestes tempos de golpismo ela continua existindo às claras e impunemente. Onde estão o TSE, o STF e o MPF? Fecharam as portas?

Chico Vigilante
Dep. Distrital PT-DF