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Sábado passado, 20/01, ato na Praça Nelson Mandela. Muito mais que um encontro. Nome heroico, espaço carregado de muito simbolismo e apoio de 17 coletivos ao povo palestino. Fotos: Vários coletivos

Os apoios às manifestações em solidariedade ao povo palestino e repúdio a Israel crescem no mundo.

A cidade do Rio de Janeiro já realizou quatro atos.

Os três primeiros foram convocados pelo Coletivo Árabes, Judeus e Aliados pela Paz, criado em outubro de 2023.

O quarto encontro foi no sábado passado, 20/01, na Praça Nelson Mandela.

Na verdade, muito mais que um encontro.

Nome heroico, espaço carregado de muito simbolismo e apoio de 17 coletivos.

É isso, mesmo! Saltou de 1 para 17 presentes.

Ao Coletivo Árabes e Judeus pela Paz, se juntaram:

Articulação Judaica de Esquerda

Comitê Alegria

Coletivo Precisamos Falar Sobre Fascismo

Comitê Popular de Luta Botafogo e Humaitá

Comitê Popular de Luta Futuro13

Movimento Parem de Nos Matar



Frente LGBTIA+ do Rio de Janeiro

Viramundo

CPL Feliz de Novo

Grupo de Estudos Árabes Progressistas Heba Abu Nada do Rio de Janeiro (GEAPHAN)

CPL Copaleme

Movimento Renda Para Todos (MRT)

PT de Todos os Silvas

Movimento Nacional das Favelas e Periferias

Comitê Popular de Lutas Darcy Ribeiro Botafogo

Coletivo EducaFreire Nova Primavera

Todos em sintonia com a África do Sul na ação que responsabiliza Israel pelo genocídio palestino.

Também no apoio ao presidente @lulaoficial e seu governo pelo firme suporte à demanda da África do Sul na Corte Internacional de Justiça (CIJ), apesar das fortes pressões contrárias por parte dos lobbies sionistas no Brasil.

”O nosso ato teve a carga simbólica de ser na Praça Nelson Mandela, um território invencível da luta contra todos os apartheids”, observa Flavio Wittllin.

Ele é médico, mestre em saúde pública e educomunicador em saúde.

Assista à fala dele no evento.

Está neste vídeo. Logo abaixo, a transcrição.

https://youtube.com/watch?v=AHxVVOFmWBM%3Ffeature%3Doembed

Flavio Wittlin diz no vídeo:

Eu não sinto a sensação de bolha.

Não é uma bolha.

Nós estamos na Praça Nelson Mandela.

Nelson Mandela declarou lá atrás, uma vez, que ele tinha uma dívida de honra com os judeus, mas o que não o impedia de fazer ressalvas ao estado israelense.

E se a gente olhar as citações de Mandela e a identificação do heroico povo da África do Sul com a causa da luta palestina, nós ficamos arrepiados de emoção.

É a nossa causa também.

Eu fui Médico Sem Fronteiras. Eu entendo muito bem quem aqui denunciou os crimes humanitários e de guerra praticados pelo Estado israelense. Está coberto de razão.

Hospitais, ambulâncias e até estacionamentos de postos de saúde são bombardeados a pretexto de uma suposta guerra Israel-Hamas.

Quando esta guerra desde 1948, e até antes, é uma guerra de judeus sionistas apoiados pelas potências imperiais contra o indefeso povo palestino.

Esta guerra no dia de hoje faz um recorte de que tudo começou no dia 7 de outubro, a partir de uma ação militarizada do Hamas.

Alguém aqui também lembrou que se Goya estivesse vivo e fosse repintar Saturno comendo seu filho, nós teríamos o Netanyahu devorando o Hamas [veja ilustração com o quadro de Goya, ao lado].

Ele [Netanyahu] criou o Hamas.

Ele [Netanyahu] criou a radicalização que hoje nós estamos vendo e que, cada vez mais, parece de modo infinito.

Eu quero concluir dizendo que não acho que a saída do Netanyahu vai resolver velhas questões.

O companheiro Breno Altman continuará sendo perseguido, porque se a gente olhar a composição do Gabinete de Guerra estabelecido agora, a gente vai ver que ele não se reduz à extrema direita israelense.

Porque existe um projeto que uniu de uma forma maligna um espectro que vai até a esquerda que tenta defender, parte dela, o indefensável.

Com informações da VioMundo

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