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Cognyte entrou na mira do TCU devido a um contrato celebrado junto à PRF no governo Bolsonaro. Empresa já é investigada pela PF e pela CGU

Fachada da AbinFachada da Abin (Foto: Reprodução/Abin)

247 – A Cognyte, empresa isralenese que desenvolveu o software First Mile – utilizado por servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar ilegalmente opositores e críticos do governo Jair Bolsonaro (PL) – entrou na mira de uma investigação aberta pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A empresa já é investigada pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU). 

Segundo a coluna do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, a solicitação de investigação foi feita pela então relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), com foco em contratos firmados pela Cognyte e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante a gestão Bolsonaro. >>> Abin colabora com inquérito da PF há seis meses. Servidores contestam necessidade de busca e apreensão na sede da agência

“”Em 7 de agosto, Gama pediu formalmente que o TCU apurasse todos os contratos da PRF com a Cognyte. O processo, que ainda não teve decisão, é relatado pelo ministro Vital do Rêgo. A senadora citou que em 2018, durante o governo Temer, a corporação pagou R$ 4 milhões à firma por um serviço de monitoramento de redes sociais. Como parte dos repasses foi feita nas categorias orçamentárias ‘policiamento ostensivo nas rodovias’ e ‘combate à criminalidade’, o negócio chamou a atenção da CPMI”, destaca a reportagem. >>> Servidor da Abin investigado por espionagem ilegal e alvo da PF trabalhou na campanha de Tarcísio

No governo Bolsonaro, em 2021, a PRF renovou contrato com a Cognyte. Nessa ocasião, a PRF estava sob a liderança de Silvinei Vasques, preso posteriormente pela suspeita de utilizar a corporação para favorecer Bolsonaro no segundo turno da eleição de 2022. A descrição genérica do contrato mencionou “serviços de manutenção e treinamento” para uma ferramenta da empresa. >>> PF identifica ligação entre espionagem clandestina da Abin e roteiro do golpe bolsonarista

Além das questões contratuais, a empresa israelense enfrenta suspeitas de ter vendido ao governo Bolsonaro, através da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a tecnologia First Mile. Este serviço, fora do escopo da Abin e sem autorização judicial, envolveria um monitoramento ilegal de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), advogados, professores, adversários políticos e jornalistas considerados opositores de Bolsonaro. >>> Ministros do STF falam em “punição dura” no caso de espionagem da Abin

Na semana passada, a PF deflagrou a operação ùltima Milha que prendeu dois servidores da Abinsuspostamente envolvidos no esquema de monitoramento ilegal. >>> Tarcisio contratou software israelense usado por Bolsonaro para espionar adversários

Com informações do Brasil247

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