Desde 2002, 92 estupradores em série, que vitimaram 262 pessoas, foram identificados por meio do banco de perfis genéticos do IPDNA. O caso mais recente, ocorreu em 10 de setembro, quando João Batista Aquino foi apontado como autor de dois crimes
João Batista Aquino Pereira da Silva, 37 anos, estuprador em série preso pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) em 10 de setembro, só pôde ser identificado como autor dos crimes ocorridos em 2014 e 2019, em Ceilândia e no Cruzeiro, respectivamente, porque as duas vítimas o denunciaram e fizeram exames de corpo de delito, que detectaram vestígios de material biológico de origem masculina (espermatozoides). Dessa forma, o Instituto de Pesquisa e DNA Forense (IPDNA) processou os vestígios nos dois casos e inseriu o perfil genético no banco de dados de DNA, o que constatou que o material encontrado era da mesma pessoa e viabilizou a descoberta do autor do crime.
Samuel Teixeira, diretor do IPDNA, apontou que, desde 2002, 92 estupradores em série, que vitimaram 262 pessoas, foram identificados no DF pelo banco de perfis genéticos do instituto. “Nos últimos cinco anos, nós tivemos mais de 10 casos na capital, em que o autor praticou crimes no DF, em Minas Gerais, em São Paulo, no Goiás e, por meio dessa tecnologia, foram identificados não apenas pelos crimes que cometeram em Brasília, mas também em outros estados.”
Para chegar a autoria dos crimes, os especialistas coletaram mucosa oral, que são células da boca, junto à saliva. Em menos de 48h, o resultado saiu e constatou que tratava-se do responsável pelo crime sexual.
Importância da denúncia
Caso as vítimas não tivessem denunciado o estuprador e realizado os exames de corpo de delito, o autor, muito provavelmente, não seria identificado. “Esse é um caso que ilustra muito bem a parceria e o trabalho conjunto entre as delegacias de polícia e os institutos de perícia da Polícia Civil. As duas vítimas fizeram boletim de ocorrência e foram encaminhadas ao Instituto Médico Legal (IML), onde foram realizados exames de corpo de delito. É justamente por isso que sinalizamos a importância, porque é nesse momento que existe a possibilidade de coletar vestígios, e a partir desses vestígios deixados pelo agressor no corpo da vitima, que são realizados exames de DNA para se comparar com os dados genéticos dos suspeitos e encontrar o autor”, explicou o diretor do IPDNA.
“É importante informar que o banco de perfis genéticos da PCDF está integrado nacionalmente. Hoje em dia, o país dispõe da rede integrada de bancos de perfis genéticos que engloba todos os estados do Brasil. Então, o perfil genético de um vestígio de crime sexual que está registrado no DF é compartilhado nacionalmente”, destacou.
João Batista Aquino Pereira da Silva, 37 anos, estuprador em série preso pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) em 10 de setembro, só pôde ser identificado como autor dos crimes ocorridos em 2014 e 2019, em Ceilândia e no Cruzeiro, respectivamente, porque as duas vítimas o denunciaram e fizeram exames de corpo de delito, que detectaram vestígios de material biológico de origem masculina (espermatozoides). Dessa forma, o Instituto de Pesquisa e DNA Forense (IPDNA) processou os vestígios nos dois casos e inseriu o perfil genético no banco de dados de DNA, o que constatou que o material encontrado era da mesma pessoa e viabilizou a descoberta do autor do crime.
Samuel Teixeira, diretor do IPDNA, apontou que, desde 2002, 92 estupradores em série, que vitimaram 262 pessoas, foram identificados no DF pelo banco de perfis genéticos do instituto. “Nos últimos cinco anos, nós tivemos mais de 10 casos na capital, em que o autor praticou crimes no DF, em Minas Gerais, em São Paulo, no Goiás e, por meio dessa tecnologia, foram identificados não apenas pelos crimes que cometeram em Brasília, mas também em outros estados.”
Para chegar a autoria dos crimes, os especialistas coletaram mucosa oral, que são células da boca, junto à saliva. Em menos de 48h, o resultado saiu e constatou que tratava-se do responsável pelo crime sexual.
Importância da denúncia
Caso as vítimas não tivessem denunciado o estuprador e realizado os exames de corpo de delito, o autor, muito provavelmente, não seria identificado. “Esse é um caso que ilustra muito bem a parceria e o trabalho conjunto entre as delegacias de polícia e os institutos de perícia da Polícia Civil. As duas vítimas fizeram boletim de ocorrência e foram encaminhadas ao Instituto Médico Legal (IML), onde foram realizados exames de corpo de delito. É justamente por isso que sinalizamos a importância, porque é nesse momento que existe a possibilidade de coletar vestígios, e a partir desses vestígios deixados pelo agressor no corpo da vitima, que são realizados exames de DNA para se comparar com os dados genéticos dos suspeitos e encontrar o autor”, explicou o diretor do IPDNA.
“É importante informar que o banco de perfis genéticos da PCDF está integrado nacionalmente. Hoje em dia, o país dispõe da rede integrada de bancos de perfis genéticos que engloba todos os estados do Brasil. Então, o perfil genético de um vestígio de crime sexual que está registrado no DF é compartilhado nacionalmente”, destacou.
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