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Discurso de Lula é aguardado como fio de esperança em defesa do multilateralismo, da paz, do combate às desigualdades e à crise climática

Por José Reinaldo Carvalho – A 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas começa nesta terça-feira. Como é tradicional desde que a organização multilateral foi fundada, cabe ao presidente brasileirto fazer o pronunciamento de abertura. O discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é aguardado como um fio de esperança em defesa do multilateralismo autêntico, da paz e da superação das desigualdades no mundo.

A 79ª Assembleia Geral da ONU instala-se em meio às guerras terroristas de Israel contra a Palestina e o Líbano, exibindo a impotência, a incapacidade e a ineficiência da ONU para promover o equilíbrio no mundo e a solução dos conflitos internacionais.

Enquanto chefes de Estado de todo o mundo se reúnem em Nova York para mais uma rodada de discursos, o cenário global expõe o fracasso dramático da ONU em conter guerras, combater a pobreza, enfrentar as desigualdades e os graves problemas ambientais.

A escalada das guerras de Israel contra os povos palestino e libanês que já ceifaram milhares de vidas serve como um triste pano de fundo para o evento que se inaugura hoje.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (23), que atualmente a ONU não tem força para atuar como um órgão de governança global e não tem “coragem” de criar um Estado para os palestinos, apesar de ter instituído o Estado de Israel décadas atrás.

“A ONU, que quando foi criada teve força para criar o Estado de Israel, a ONU hoje não tem coragem de criar o Estado Palestino. A ONU não consegue, não tem força para decidir”, disse Lula no evento, em Nova York.

O Oriente Médio arde novamente, com Israel bombardeando o Líbano, depois de ter praticamente arrasado o território palestino da Faixa de Gaza, numa extensão do genocídio e em ameaça de ampliação da guerra para toda a região da Ásia Ocidental. Cerca de 500 pessoas foram assassinadas em poucas horas durante a segunda-feira a mando do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu. Israel continua a sua política de agressão impune, e a ONU se limita a observações e pedidos de contenção, como se as palavras fossem capazes de impedir os mísseis. Esta guerra, como tantas outras na história recente, demonstra o fracasso do atual sistema multilateral, que deveria garantir a paz e a segurança internacional. O desmoronamento do multilateralismo não é um fato isolado, mas o resultado de políticas imperialistas e militaristas dos Estados Unidos e seus aliados.

Evidencia-se também a incapacidade da ONU de combater a pobreza global e a crise ambiental de maneira eficaz. O discurso sobre a eliminação da pobreza, que já foi central nas assembleias da ONU, perdeu força. A Agenda 2030, que deveria representar uma virada no combate às desigualdades globais, corre o risco de se tornar uma letra morta. O colapso climático, que ameaça a própria existência da humanidade, é talvez o maior sintoma da falência da ONU como mediadora de crises globais

O fracasso do multilateralismo, tal como este se afigura contemporaneamente, a impotência da ONU para impedir guerras como a de Israel contra os povos palestino e libanês e de punir exemplarmente o terrorismo de Estado praticado por Israel, assim como a ineficiência no combate à pobreza e às desigualdades globais, são sintomas de um sistema internacional que já não serve à maioria da população mundial. É preciso promover uma reforma profunda no sistema internacional.

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