Historicamente, o jornal da família Marinho defendeu a submissão do Brasil ao imperialismo
Globo ataca Lula após a histórica expansão do BRICS ·
O jornal O Globo publicou nesta quinta-feira (24) um editorial criticando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela expansão do Brics. Argentina, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito, Irã e Etiópia foram convidados a ingressar no bloco a partir do ano que vem, em uma histórica reconfiguração geopolítica do mundo. O jornal da família Marinho diz que a expansão é uma vitória da China e diz que o Brasil está “perdendo relevância” no cenário global.
“Para o Brasil, não se pode falar propriamente em derrota — ainda é vantajoso estar num bloco com as maiores potências emergentes —, mas o resultado certamente reflete a perda de relevância brasileira na cena global. Dos quatro fundadores originais do Brics — Brasil, Rússia, Índia e China —, o Brasil é o único cuja influência diminuiu desde a criação do bloco, em 2009”, afirmou o Globo.
Segundo o jornal, tanto para Brasil como Índia, o Brics ampliado traz “desvantagens evidentes”. “A perda mais óbvia é a diluição de poder no grupo. O perigo é ser visto como — ou se tornar — coadjuvante da China. Talvez por isso não faltaram declarações de que o Brics não é resposta ao G7, grupo que reúne as principais potências ocidentais e o Japão. Embora os americanos não estejam dando muita importância à ampliação, ela corresponde aos anseios chineses”, afirmou.
“Quanto ao Brasil, a expansão do Brics deveria ensinar que a realidade é como ela é, não como gostaríamos que fosse. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva até tentou apresentar como vitória a entrada da caótica Argentina no bloco e uma menção no comunicado final do encontro à necessidade de reforma na ONU”, diz o Globo.
“Éramos chamados de terceiro mundo. Agora somos o Sul Global”, diz Lula
Em entrevista coletiva ao final da Cúpula do BRICS nesta quinta-feira (24), o presidente Lula (PT) celebrou o crescimento do Brasil e seus aliados ao longo dos últimos anos e lembrou: “nós éramos chamados de terceiro mundo. Depois começaram a chamar a gente de países em vias de desenvolvimento. E agora nós somos o Sul Global”.
“Essa é uma das reuniões mais importantes que eu já participei, seja nos dois mandatos anteriores, seja nesse mandato. Uma reunião importante porque quando a gente vê um filho nascer, a gente acompanha o crescimento dele e vê o tamanho que ele fica comparado a outras crianças. Quando nós começamos a discutir essa questão de BRICS, a gente percebe que em 1995 os países do G7 detinham 44,9% da paridade de compra. Os países do BRICS só tinham naquele momento 16,9%. Em 2010 o G7 já tinha caído para 34,3% do PIB por paridade de compra, e o BRICS tinha subido para 26,6%. Em 2023 o G7 tem 29,9% e o BRICS 32,1%. E mais importante: com a entrada dos novos países, o PIB de paridade de compra do G7 passa praticamente para quase 37%. A vinda da Argentina, da Arábia Saudita, do Egito, dos Emirados Árabes, da Etiópia e do Irã é muito importante, porque eu não sei se vocês se lembram, nós éramos chamados de terceiro mundo. Depois começaram a chamar a gente de países em vias de desenvolvimento. E agora nós somos o Sul Global. Veja a mudança de nome, pomposo que é. O que é importante é que o mundo está mudando. Não é só a xenofobia que está mudando, o extremismo de direita. A economia também começa a mudar, a geopolítica começa a mudar, porque as coisas vão acontecendo e a gente vai ganhando a consciência de que temos que nos organizar”, declarou.
Quer ficar por dentro do que acontece em Taguatinga, Ceilândia e região? Siga o perfil do TaguaCei no Instagram, no Facebook, no Youtube, no Twitter, e no Tik Tok.
Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre Ceilândia, Taguatinga, Sol Nascente/Pôr do Sol e região por meio dos nossos números de WhatsApp: (61) 9 9916-4008 / (61) 9 9825-6604.