Policiais e políticos são suspeitos de atrapalharem as investigações, plantarem pistas falsas e travarem o andamento das apurações
A operação da Polícia Federal neste domingo (24) que resultou na prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ), do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão, como suspeitos de serem os mandantes da morte da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Andreson Gomes, além da prisão de Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, pela suspeita de acobertar o crime, deverá ter desdobramentos nos próximos dias.
Segundo a coluna do jornalista Lauro Jardim, de O Globo, “a investigação em curso da PF vai atingir também aqueles que, desde 2018, quando o assassinato aconteceu, não deixaram as autoridades investigarem, plantaram pistas falsas e travaram o andamento das apurações — são sobretudo políticos e policiais”.
Neste domingo, a Polícia Federal cumpriu três mandados de prisão e está cumprindo outros 12 de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram expedidos mandados de busca e apreensão na sede da Polícia Civil do Rio e no Tribunal de Contas do Estado (TCE).
A ação está sendo desenvolvida de forma conjunta pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) e pela Polícia Federal. A operação ocorre na esteira da delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, réu confesso pelo assassinato da vereadora Marielle Franco.
Os investigadores ainda trabalham para descobrir a motivação do crime, mas ligam o caso à expansão imobiliária e territorial das milícias fluminenses.
A operação foi deflagrada neste domingo como forma de surpreender os suspeitos, uma vez que a PF suspeitava que eles estariam em alerta após o STF homologar a delação premiada de Ronnie Lessa.
Com informações do Brasil 247
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