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Martin Bottaro, que assina um relatório fraco, assumiu a investigação do evento de Juiz de Fora no ano passado, quando Bolsonaro tentava ligar PCC a Lula

www.brasil247.com - Moro, Nefo, o relatório da PF com assinatura de Bottaro Purper e papel apócrifo que cita o Intercept
Moro, Nefo, o relatório da PF com assinatura de Bottaro Purper e papel apócrifo que cita o Intercept (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado | Reprodução)

O relatório da Polícia Federal liberado pela juíza Gabriela Hardt sobre a operação Sequaz chama a atenção por dois aspectos: a inconsistência narrativa e o nome de quem o assina, Martin Bottaro Purper, que é o delegado que assumiu o caso de Adélio Bispo de Oliveira no ano passado, depois que o policial que vinha presidindo o inquérito, Rodrigo Morais, foi transferido para um posto no exterior.

Na época em que Bottaro Purper assumiu a investigação, o que se disse sobre ele é que é especialista em PCC, o que despertava a suspeita de que Jair Bolsonaro tentava ligar o caso de Juiz de Fora à organização criminosa. 

Na mesma época, a rede social era repleta de fake news que tentavam associar Lula a quadrilhas de traficantes, como o vídeo em que um líder comunitário negro da Bahia eracumprimentado por Lula durante a campanha, como se a cena tivesse sido no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro.

Durante a campanha, Purper Bottaro tentou colher depoimento de Adélio, o que poderia ser usado como peça de campanha. Mas a Justiça Federal em Campo Grande não autorizou o depoimento. O inquérito sobre Adélio e Bolsonaro segue aberto na Polícia Federal.

Joaquim de Carvalho

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