A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu ao pedido da Procuradoria-geral da República e autorizou a abertura do inquérito para apurar suspeitas contra o ministro da Educação, Milton Ribeiro, diante das denúncias de “captura” da pasta por pastores evangélicos.
“Defiro o pedido da Procuradoria-Geral da República e determino a instauração de inquérito em desfavor de Milton Ribeiro, Ministro de Estado da Educação, para apurar os fatos descritos, que indicam possível prática de crimes”, escreveu a ministra, conforme o jornal O Globo.
A ministra autorizou ainda a tomada dos depoimentos do ministro, dos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos e dos prefeitos que relataram pedidos de propina em troca da liberação de recursos da pasta.
Ela determinou o envio dos autos para a Polícia Federal (PF) e fixou o prazo de 30 dias para a realização das diligências.
Em conversa gravada obtida pela Folha de S.Paulo, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, admite priorizar demandas de prefeitos apresentados a ele pelo gabinete paralelo na pasta, formado pelos pastores. A dirigentes municipais dentro do ministério, Ribeiro afirma seguir ordem de Jair Bolsonaro (PL).
O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou uma fiscalização extraordinária em todos os convênios do ministério.
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