Na noite desta terça-feira (23), a presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, usou as redes sociais para se manifestar contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que tentou vincular o nome de Domingos Brazão, denunciado como mandante do assassinato de Marielle Franco, ao PT.
“A turma do Bolsonaro nem esperou a Justiça validar a delação do assassino de Marielle e Anderson pra espalhar mentiras contra o PT. É nojenta a fakenews do bolsonarista Nikolas e ele terá de responder por mais este crime”, avisou a deputada.
Gleisi concluiu sua publicação, feita no X/Twitter, dizendo que o que a sigla quer é que o mandante do crime pague, seja ele quem for: “Quem teve apoio do suposto mandante em 2018 foi Jair Bolsonaro, prometendo ‘metralhar os petistas’. Tudo q o PT quer é q a Polícia, o MP e a Justiça concluam a investigação, sem interferências q a prejudiquem. O mandante desse crime, seja quem for, tem de pagar”.
O argumento de Nikolas Ferreira se baseia em uma foto do suposto mandante do crime posado com uma camiseta da campanha de Dilma Rousseff, em 2014. Mas vale lembrar que ele sempre foi filiado ao MDB, que na ocasião fazia parte da base do governo, com Michel Temer candidato a vice na chapa.
A turma do Bolsonaro nem esperou a Justiça validar a delação do assassino de Marielle e Anderson pra espalhar mentiras contra o PT. É nojenta a fakenews do bolsonarista Nikolas e ele terá de responder por mais este crime. Quem teve apoio do suposto mandante em 2018 foi Jair…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) January 23, 2024
Nas redes sociais, o deputado federal questionou “por que um petista mandou matar Marielle?” e foi desmentido.
Entre o material rememorado pelos usuários, está um vídeo publicado no perfil do deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ), irmão de Domingos, na campanha presidencial em 2022. Na ocasião, os membros da família Brazão aparecem ao lado de Flávio Bolsonaro em um trio elétrico
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Em 2019, Bolsonaro deu passaporte diplomático aos familiares de Brazão. Os parentes do investigado estavam em uma lista com 1.694 passaportes diplomáticos emitidos pelo governo de extrema-direita. Na ocasião, Domingos já era investigado no caso Marielle por suspeita de obstruir as apurações sobre o crime.