O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), impôs sigilo máximo ao inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 36 indiciados. Para preservar a integridade das informações, apenas um desembargador e um juiz que colaboram diretamente com Moraes têm acesso ao documento de 884 páginas.
Com medidas adicionais de segurança, o relator optou por trabalhar desconectado da internet e orientou seus assessores a fazerem o mesmo. A decisão reflete a importância do caso, que envolve acusações de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa e um plano para assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do próprio ministro Moraes.
O relatório final do inquérito deve ser encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR) na próxima segunda-feira (27). Caberá ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, decidir os próximos passos: apresentar denúncia, solicitar novas investigações ou arquivar o caso. Fontes próximas indicam que é provável a apresentação de denúncia ou o pedido de diligências complementares.
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A investigação sobre o golpe se soma a outros processos envolvendo Bolsonaro, como os relacionados à fraude nos cartões de vacina e ao desvio de joias sauditas destinadas ao acervo presidencial. Esses casos são tratados como conexos, o que pode unificar as denúncias.
O inquérito contra Bolsonaro e 36 aliados inclui a apuração de um esquema articulado para desestabilizar o Estado Democrático. Entre as ações planejadas estavam a execução de políticos, o fortalecimento de milícias digitais e a disseminação de desinformação, com atividades pré e pós-eleitorais.
Alexandre de Moraes já havia retirado o sigilo de relatórios anteriores, como os que investigam fraudes em vacinas e desvios no acervo presidencial. Nos dois episódios, Bolsonaro foi indiciado, o que amplia a pressão sobre sua defesa no caso do golpe.
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