Braga Netto estava mais preocupado em refutar o “golpe dentro do golpe” do que o golpe em si, diz Helena Chagas
Jornalista critica defesa do general, que priorizou negar disputas internas em plano golpista
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“Por que será que o ex-ministro parece temer mais a ira de Bolsonaro e seus próximos do que o julgamento do STF?”, escreveu a jornalista Helena Chagas em sua conta no X (antigo Twitter), destacando o que considerou um ponto central do comunicado da defesa do general Walter Braga Netto. Para ela, o ex-ministro mostrou mais preocupação em desmentir a tese de um “golpe dentro do golpe” do que em refutar as graves acusações de participação em planos golpistas.
A declaração de Helena veio após a Polícia Federal (PF) revelar informações que colocam Braga Netto no centro de reuniões conspiratórias realizadas em 2022. Segundo o inquérito, as reuniões planejavam o assassinato de lideranças como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes, além da implementação de um golpe de Estado.
Em nota divulgada no sábado (23), Braga Netto negou todas as acusações, chamando-as de “fantasiosas” e “absurdas”. Ele também publicou uma defesa técnica de seus advogados, que não apenas rejeitou a tese de um “golpe dentro do golpe”, mas também enfatizou a trajetória do general como um dos mais leais a Jair Bolsonaro durante o governo.
Plano golpista e disputas internas
De acordo com a PF, Braga Netto teria sido o anfitrião de uma reunião em sua casa, em novembro de 2022, na qual foram apresentados detalhes de operações intituladas “Copa 2022” e “Punhal Verde e Amarelo”. Essas operações, segundo mensagens encontradas no celular do tenente-coronel Mauro Cid, incluíam o monitoramento e possível assassinato de Alexandre de Moraes, além da eliminação de Lula e Alckmin. A investigação também aponta que Braga Netto assumiria a liderança de um “Gabinete Institucional de Gestão da Crise” caso o golpe fosse implementado.
A defesa, no entanto, concentrou-se em descartar a possibilidade de qualquer divisão no comando de uma eventual ruptura democrática, classificando a ideia de um “golpe dentro do golpe” como “absurda” e “fantasiosa”. Helena Chagas, ao comentar o comunicado, sugeriu que essa postura pode refletir tensões e disputas internas no grupo investigado, abrindo espaço para novos desdobramentos. “Tudo indica que ainda virão à tona muitos bastidores dessa história. Mais do que isso, podemos aguardar tiroteio dentro da organização criminosa”, afirmou.
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