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Mauro Cid ligou para o advogado na sexta-feira e exigiu que ele recuasse da afirmação de que Bolsonaro teria ciência de um suposto plano para matar Lula

247 – O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PT), viveu momentos de tensão com seu advogado, Cezar Bittencourt, após prestar depoimento ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na última quinta-feira (21). O motivo do desentendimento, segundo a coluna do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles, teria sido as declarações públicas do advogado sobre o conteúdo da oitiva, especialmente em relação a um suposto plano de assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

De acordo com Bittencourt, Mauro Cid teria afirmado que Bolsonaro tinha conhecimento de um plano para matar Lula por envenenamento. A declaração gerou forte reação de Cid, que desmentiu categoricamente a acusação, tanto a interlocutores quanto ao próprio advogado. O ex-ajudante de ordens teria ressaltado que, em seu depoimento, negou ter qualquer conhecimento sobre o suposto plano para assassinar o atual chefe do Executivo.

No depoimento de aproximadamente três horas ao STF, Mauro Cid confirmou que participou de uma reunião realizada na casa do general Braga Netto, em Brasília, no dia 12 de novembro de 2022. No encontro, militares discutiram estratégias para um plano golpista que visava impedir a posse de Lula. Cid declarou, porém, que deixou a reunião antes do término, alegando não ter envolvimento direto nas deliberações.

Ainda assim, o tenente-coronel admitiu que Jair Bolsonaro tinha conhecimento do plano para evitar a posse de Lula. Entretanto, enfatizou que as tratativas não envolviam qualquer atentado à vida do presidente eleito.

Irritado com as declarações de Bittencourt à imprensa, Mauro Cid ligou para o advogado na sexta-feira (22) e exigiu que ele recuasse da afirmação de que Bolsonaro teria ciência de um suposto plano para matar Lula. Diante da pressão, Cezar Bittencourt voltou atrás e negou a informação publicamente.

Apesar da controvérsia, o ministro Alexandre de Moraes decidiu manter o acordo de delação premiada de Mauro Cid. No entanto, o ex-ajudante de ordens continua indiciado pela suposta participação em um plano golpista.

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