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Segundo aliados, Bolsonaro tem esperanças de conseguir tensionar o país com notícias falsas para abalar a posse de Lula

www.brasil247.com - Homem segura bandeira brasileira durante bloqueio na BR-251 em Planaltina 31/10/2022
Homem segura bandeira brasileira durante bloqueio na BR-251 em Planaltina 31/10/2022 (Foto: REUTERS/Diego Vara)

O relatório golpista apresentado pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, nesta terça-feira (22) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi arquitetado por Jair Bolsonaro (PL), segundo Thaís Oyama, do UOL.

De acordo com a representação do PL, há “desconformidades irreparáveis de mau funcionamento” em parte das urnas utilizadas no segundo turno da eleição. Não fossem os erros, Bolsonaro teria vencido o agora presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com pouco mais de 51% dos votos, afirma o relatório

“Na semana anterior ao feriado do dia 15 de novembro, Bolsonaro chamou o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, ao Palácio da Alvorada para dizer-lhe que apressasse a conclusão do documento — ele queria vê-lo divulgado nesta semana, como ocorreu ontem, às 16h”, conta a reportagem.

Bolsonaro ainda determinou quais seriam os papéis de Valdemar, do engenheiro Carlos Rocha, do advogado do PL, Marcelo Bessa, e do marqueteiro Duda Lima na divulgação do relatório. “O advogado Bessa ficou encarregado da fala mais forte. ‘As inconsistências não permitem atestar que as urnas registraram o resultado eleitoral segundo a vontade dos eleitores’, afirmou Bessa. Também sem provas, o advogado declarou que nas urnas em que, segundo o relatório do engenheiro Rocha não teria havido problemas, ‘Bolsonaro teve 51% dos votos e Lula, 48,95%’. O advogado não explicou como chegou a esses números”.

Foi uma ordem de Bolsonaro que a divulgação do documento fosse transmitida pelas redes sociais do PL, para que pudesse ser compartilhada com facilidade em grupos bolsonaristas.

Segundo aliados de Bolsonaro, seu objetivo com o relatório e com a divulgação midiática do documento é agitar sua base, criando um clima de tensão social no país para a posse de Lula.

Desde a eleição de Lula em 30 de outubro, bolsonaristas têm ocupado rodovias do país promovendo bloqueios e interdições. A violência tem escalado nestas ações.

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