Depois de vencer batalhas judiciais, o ex-governador Agnelo Queiroz (PT) volta, neste ano, a disputar eleições. É pré-candidato a deputado federal. Ele diz acreditar que, pela experiência de três mandatos parlamentares, pela passagem no Ministério do Esporte e no governo do Distrito Federal, acumulou experiência para compor a base de sustentação do governo Lula, que ele espera ver eleito em outubro.
Em entrevista ao Correio, Agnelo — que há anos não se manifestava — aposta na união no Distrito Federal dos partidos da base de sustentação da campanha de Lula, defende seu legado no governo do DF, fala de erros e acertos e diz que foi perseguido por “justiceiros” da Operação Lava-Jato.
E garante: faria novamente o estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, criticado por adversários e alvo de ações judiciais. “Talvez a miopia e uma visão extremamente provinciana não compreendam o que significa essa arena multiuso”.
Você vai disputar as eleições? A qual cargo?
Sim. Sou pré-candidato a deputado federal.
O maior legado do meu governo, sem dúvida, é o desenvolvimento humano. Foi no meu governo que tivemos o menor índice de desemprego da série histórica. Foi no meu governo que deixamos de ser a cidade mais desigual do Brasil. Foi no meu governo que erradicamos o analfabetismo. E erradicamos a pobreza e a extrema pobreza. Fizemos também um investimento na recuperação do Estado e do serviço público. Contratei 36 mil servidores públicos por concurso público. Contratei 16 mil servidores da saúde. Se não fosse essa contratação, o que seria do DF na pandemia que veio depois? Fizemos seis UPAs, fizemos as clínicas da família, o Hospital da Criança, a carreta da mulher, da visão, a fábrica social, que é maior exemplo de inclusão social pelo trabalho. Na educação, fizemos as creches, que não existiam públicas. Fiz 57 creches públicas. Adotamos a educação em tempo integral. Esse é um legado extraordinário, o desenvolvimento humano. A política habitacional também foi importante. Entreguei mais unidades habitacionais do que Roriz entregou lotes. Foram 25 mil unidades entregues e cem mil contratadas, que foram sendo entregues. Até o Bolsonaro foi entregar, para ver como se entrega habitação popular.
Hoje é possível reconhecer erros? O que você não faria novamente?
Eu atribuo que um dos principais erros foi não ter me comunicado bem. A parte de divulgação das realizações falhou. Por
ser médico, não ser profissional dessa área, não compreender essa dimensão, achei que teria o reconhecimento apenas pela realização. Mas, às vezes, é preciso também que as pessoas tenham acesso a essas informações das nossas realizações, tanto é que, com o passar do tempo, hoje a população reconhece muito mais porque sentiu as melhorias e os benefícios dessas realizações. O momento conjuntural daquela época foi extremamente desfavorável, de muito ataque, de muito ódio, num processo em que a elite brasileira decidiu interromper um projeto nacional. Isso também repercutiu muito aqui no Distrito Federal e nós não conseguimos reagir naquele momento. Hoje, com certeza, faria diferente porque muitos desses projetos poderiam ter tido continuidade caso eu tivesse ganho a eleição.
E o que você se orgulha de ter feito?
Eu me orgulho do que fiz pelas crianças do Distrito Federal, as creches públicas, o Hospital da Criança, que é um exemplo. Em 10 anos, já atendeu 10 milhões de crianças e casos graves. Esse é mais um caso. Fui processado por ter feito o Hospital da Criança e só recentemente fui absolvido. Tenho orgulho de ter acabado com o Caje, que era a escola do crime. Eu me orgulho da Fábrica Social porque é um centro de treinamento e serviço em que as pessoas são remuneradas pelo trabalho. E também os programas sociais para adolescentes, como o Jovem Candango, que estavam em área de risco, trabalhando no contraturno da escola em nossas empresas e também nas secretarias. Teve também o Brasília sem Fronteiras, dando oportunidade para jovens de faixa de renda muito baixa viajarem pelo mundo. Passaria muito tempo enumerando, mas esses que tratam de desenvolvimento humano são o meu maior orgulho.
Você faria novamente o estádio Mané Garrincha?
Faria com certeza. Talvez a miopia e uma visão extremamente provinciana não compreendam o que significa essa arena multiuso. Essa é a melhor arena do Brasil, está entre as cinco melhores do mundo. Foi construída para os próximos cem anos e possibilita colocar Brasília no circuito nacional, cultural, de eventos e esportiva. Fizemos a Copa do Mundo e a Copa das Confederações e tivemos a avaliação de melhor arena do Brasil. E as acusações de superfaturamento nunca se comprovaram. Se há irregularidades, se deve punir o gestor e não a cidade. Essa arena é do porte da que foi construída na Rússia quatro anos depois e lá custou R$ 5 bilhões. A nossa custou R$ 1,5 bilhão. Tenho certeza que, com o passar do tempo, vai ficar clara a miopia e o provincianismo de nossos adversários. Eu faria de novo, ainda mais porque não deixamos de fazer nenhum investimento na área social.Agnelo Queiroz, deputado
Da coluna Eixo Capital/ANA MARIA CAMPOS
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