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‘a graça não é de graça… nem na igreja, nem no circo”, cacique papaku

Assim que o STF, por esmagadora maioria, deu uma surra de gato morto em Daniel Silveira, condenando-o a ficar oito anos e nove meses vendo o sol nascer em outro formato geométrico, Bolsonaro saiu desesperadamente em sua defesa.

Menos de 24 horas após a sentença do tribunal, antes mesmo de secar o carimbo e a assinatura do relator, o maluco que nos preside fez publicar, monocraticamente, um decreto concedendo o benefício da graça (perdão judicial) ao rasgador de placa.

Com isso, tal qual o bombadão, o Presida rasgou, com os dentes, a Constituição Federal, segundo alegam alguns constitucionalistas.

Recordemos que o Necrarca já havia ficado furibundo quando o capa-preta, Alexandre de Moraes, terror dos inconstitucionalistas, mandara colocar uma tornozeleira eletrônica nas canelas de Silveira, obrigando o sujeito insolente a caminhar pelos salões do Congresso como um papagaio doméstico: currupaco, papaco, currupaco, papaco…

Na ocasião, os inconstitucionalistas bolsonarizados alegavam que Alexandre agira como um ditador, porque tomou uma decisão monocrática.

Porém, agora foi a maioria dos ministros que decidiu que o sujeito do paletó apertado deveria trocar a tornozeleira eletrônica por uma bola de ferro no calcanhar.

Isso deveria servir como uma ducha de água fria na retórica inconstitucionalista bolsonáurica.

Só que não, após o golden shower da Suprema Corte, o Necrarca voltou a afrontar o Estado Democrático de Direito, rasgando a sentença lavrada contra o seu papagaio de estimação.

Na real, é como se ele tivesse conseguido o que sempre quis, fechar o Supremo; sem jipe, sem cabo e sem soldado.

Agora pense que grande fuleigarem seria se a Corte Suprema mandasse prender um dos três filhos enrolados do Presida, se o cabra não iria lá no palacete e esbofeteava o ministro careca na frente das câmeras, will smiticamente!

Veja a esculhambação que virou essa República desde que os ministros se acovardaram com a ameaça de um militar da pica mole e legitimaram a sacanagem que os inconstitucionalistas fizeram contra a Dilma e contra o Lula.

Como diabos vamos devolver esse demônio pra dentro da garrafa novamente?

Agora que satanás anda à solta, amparado por bispos e pastores, precisamos fazer perguntas, uma delas é a seguinte: por que diabos o Homem da Casa de Vidro defende com unhas e dentes esse zero à esquerda anabolizado?

O que Daniel Silveira tem que ninguém sabe e ninguém viu?

Bolsonaro, é bom que se diga, não é de segurar a mão de ninguém, a não ser dos três filhos.

Retrospectemos: assim que venceu as eleições, o Necrarca deu uma banana para o senador derrotado Magno Malta, que há pouco tempo era o favorito para ser o vice na chapa presidencial.

Malta, com aquela eterna cara de ressaca braba, passou a choramingar pelos cantos, como uma noiva largada no altar; o Presida fez que não era com ele.

Em seguida, foi a vez do Bufa Presa abandonar outro importante aliado, o ex-chefe de campanha, ex-fiel escudeiro e ex-ministro, Gustavo Bebianno.

O infeliz ostraçou por um bom tempo e morreu se lamentando e lambendo as feridas.

Outro que morreu em lamentos e choramingo foi o Major Olímpio, que disse que o ex-amigo virou presidente e abandonou os princípios; esse sincericídio fez com que Carla Zambelli fosse às redes, a mando do chefe, para incitar a milícia digital a chamar o major de traidor.

O cabra desceu ao mundo dos mortos com essa tatuagem na testa.

Vai anotando aí, o Enfezado também abandonou a ex-queridinha Sara Giromini, aquela que prometera ucranizar o Brasil e, num gesto descarado, atacou o palacete do STF com fogos de artifício, no intuito de fazer graça para o chefe.

Retrospectemos: assim que venceu as eleições, o Necrarca deu uma banana para o senador derrotado Magno Malta, que há pouco tempo era o favorito para ser o vice na chapa presidencial.

Malta, com aquela eterna cara de ressaca braba, passou a choramingar pelos cantos, como uma noiva largada no altar; o Presida fez que não era com ele.

Em seguida, foi a vez do Bufa Presa abandonar outro importante aliado, o ex-chefe de campanha, ex-fiel escudeiro e ex-ministro, Gustavo Bebianno.

O infeliz ostraçou por um bom tempo e morreu se lamentando e lambendo as feridas.

Outro que morreu em lamentos e choramingo foi o Major Olímpio, que disse que o ex-amigo virou presidente e abandonou os princípios; esse sincericídio fez com que Carla Zambelli fosse às redes, a mando do chefe, para incitar a milícia digital a chamar o major de traidor.

O cabra desceu ao mundo dos mortos com essa tatuagem na testa.

Vai anotando aí, o Enfezado também abandonou a ex-queridinha Sara Giromini, aquela que prometera ucranizar o Brasil e, num gesto descarado, atacou o palacete do STF com fogos de artifício, no intuito de fazer graça para o chefe.

Palavra da salvação.

*Lelê Teles é jornalista, publicitário e roteirista.

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